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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O encontro entre café e vinho

Aprender a experimentar estes dois produtos de qualidade é algo único que instiga nossa memória, resgata boas lembranças, inicia conversas interessantes e comparações inevitáveis. Plantamos uma semente que dá início a este batepapo sobre o tema que, certamente, não termina por aqui


O café na Arábia era qahwah, na língua deles, vinho. Conhecido como vinho da Arábia, desde sua descoberta tinha um caráter inebriante, conquistador, requintado. Capaz de dar energia e estimular os sentidos, a pronúncia da palavra assemelha-se ao que passamos a chamar café: qahveh.
A relação entre café e vinho, sempre muito citada pelos amantes do mundo das bebidas, pode ter se iniciado há milhares de anos, quem sabe numa simples ligação entre as palavras. Porém, os dois produtos traçaram caminhos distintos no conhecimento do mundo sobre suas complexidades e parecem agora ter se encontrado mais adiante nessa estrada. Hoje, vinho e café estão em pé de igualdade quando falamos de sabor, aroma e esmero na produção.
O vinho criou uma cultura de apreciação importante e cativou amantes há décadas. O café, por sua vez, vem atualmente formando esse hábito e acompanha a rota percorrida pelo primeiro. Por fazerem parte de mercados de produtos diferenciados, ambos têm similaridades e podem ser comparados quando falamos em status de consumo.
O universo do vinho gourmet permite com freqüência comparações entre safras de diferentes regiões produtoras, entre uvas de espécies distintas e tecnologias de vinificação (colheita, desengaçamento [soltar os bagos de uva dos cachos], prensagem, fermentação, filtragem e armazenamento). Cada vez mais os apreciadores da bebida conhecem o que estão comprando e realizam harmonizações com culinárias diversas. De vinhos brancos e tintos leves e encorpados a rosés, espumantes e de sobremesa, cada um possui seu momento apropriado para degustação.
No café não é diferente. Apesar de este conhecimento ser algo novo, que está completando no máximo quinze anos, os apreciadores encontram potencial na bebida para harmonizar seus tipos em diferentes momentos do dia. O preparo que será dado ao café e a última etapa pela qual passa o produto influenciam fortemente na qualidade final na xícara, além, é claro, do beneficiamento (colheita, limpeza e separação, despolpamento, remoção da mucilagem e secagem e armazenamento) e da torra do grão.
PROCESSO PRODUTIVO 
A maioria das uvas cultivadas no Velho Mundo (França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha etc.) é reconhecidamente de qualidade. As vinícolas têm receitas milenares de cultivo que, aliadas aos diferentes microclimas das regiões onde são cultivadas e ao cuidado de cada produtor com o solo e a vinha, conferem às bebidas notas altas. A junção desses fatores é denominada terroir e influencia no resultado final do vinho produzido. Assim como a uva cultivada (branca ou tinta) e as variedades chardonnay, cabernet sauvignon, entre outras, que passam por diferentes processos de vinificação, o café possui duas espécies comercializadas, robusta e arábica, e variedades distintas, como catuaí, bourbon, icatu, conillon, entre outras, que também passam por beneficiamento diverso.
No entanto, é possível estabelecer uma relação direta entre os processos pelos quais passam os dois produtos. O fruto do café, conhecido como cereja quando maduro, deve ser colhido na sua maturação plena, assim como a uva na videira. Para o engenheiro e juiz da Specialty Coffee Association of America (SCAA), Ensei Uejo Neto, "as variedades de café consideradas precoces, ou seja, que naturalmente possuem um ciclo entre a florada até a plena maturação menor do que as demais, têm como determinante o local de seu plantio para a obtenção de toda a gama dos aromas e sabores". O mesmo acontece com as uvas cultivadas em clima frio, que permite com morosidade a expressão de todo o potencial do fruto e torna a bebida mais aromática e saborosa.




foto Érico Hiller - Café Editora / foto Roberto Seba - Café Editora / foto Cia de Foto - Café Editora
Uma análise minuciosa deu resultado ao trabalho realizado pela equipe da cafeteria paranaense Lucca Cafés Especiais, que, sob a orientação do sommelier Guilherme Corrêa, da importadora Decanter, e do enólogo Marcelo Retamal, da vinícola chinela De Martino, traçou uma equivalência entre os produtos. Segundo o estudo, a uva tinta que inicia a vinificação com casca e semente e resulta em uma bebida com mais corpo, tanino, doçura e coloração pode ser comparada ao café natural que é seco ao sol, igualmente com a casca envolvendo o grão, o que gera um café mais doce e encorpado.
Seguindo a mesma metodologia, a uva branca tem as cascas e sementes retiradas após a colheita antes da fermentação, assemelhando- se ao café cereja descascado, que também passa por um beneficiamento para a retirada da casca que envolve o grão. "Ambos os processos resultam em uma bebida mais limpa, leve, um pouco menos encorpada, mas que permite a percepção de notas de sabor de origem vegetal, como flor, fruta, ervas, e a boa acidez", explica Geórgia Franco de Souza, proprietária da Lucca, que ouviu pela primeira vez esta correlação entre café e vinho nos Estados Unidos, em 2000. A especialista ainda vai além ao relacionar o café lavado (desmucilado), que passa pelo processo de retirada da mucilagem, com os espumantes, que têm entre suas características a presença marcante da acidez. Ou ainda os vinhos de sobremesa feitos a partir de uvas supermaduras que concentram mais açúcar, assim como os cafés naturais conhecidos como late harvest, que usam do mesmo princípio, a colheita tardia, que resulta em grãos mais adocicados.
O NARIZ DUPLO PARA AVALIAR 
Na linha de relações entre as duas bebidas, a SCAA encomendou ao enólogo francês Jean Lenoir o estudo e o desenvolvimento de um grupo de aromas denominado Le Nez du Cafe (O Nariz do Café), que consiste em uma adaptação do trabalho por ele realizado em 1981 para as nuances do vinho. A caixa com pequenos vidros semelhantes a frascos de perfumes contém 36 aromas possíveis de ser identificados na degustação de cafés, como limão, mel, chocolate ou cedro, por exemplo. O objetivo do kit, que acompanha um livro com a explicação de cada característica, é instigar o apreciador a decifrar na sua bebida os aromas e sabores que remetem aos dos vidrinhos e, portanto, presentes no café.
Para o vinho, Jean elaborou o Le Nez du Vin, que apresenta 54 aromas com notas primárias de fruta, floral, animal, vegetal e picante e, por fim, agradável, que engloba nuances secundárias como café, chocolate e caramelo, por exemplo. Depois de muito treino consegue-se resgatar na memória olfativa cheiros e sabores que lembram aquele do café ou vinho apreciados. Do desenvolvimento deste projeto surgiu a Roda de Aromas e Sabores da SCAA, que traz de forma completa ao degustador os mais de 30 aromas e gostos correlacionados. O vinho possui uma roda parecida que também destaca as nuances da bebida e ajuda o apreciador a estabelecer referências com o sabor que sentiu no momento da prova.
foto iStockphoto.com - Moritz v. H. / foto iStockphoto.com -Abel Leão / foto iStockphoto.com - Sergei Didok









COMPLEXIDADE DO PREPARO 
Outras etapas importantes do vinho e do café são a fermentação e a torra, respectivamente. Fases estas que determinam a qualidade e o tipo de bebida ou grão que chega ao consumidor. O processo de fermentação do vinho é complexo, com diversas nuances entre os tipos de bebidas a serem preparadas. No geral, é um fenômeno natural no qual o açúcar contido nas uvas se transforma em álcool sob a ação de leveduras. Simultaneamente ocorrem outras reações químicas que, ao final do processo, resultam no vinho que conhecemos. O tempo de fermentação, a forma como toda a vinificação é realizada e o armazenamento para envelhecer ou seguir para o engarrafamento determinam a qualidade, o aroma e o sabor do produto.
O mesmo acontece com o café no processo de torra, que ocorre respeitando as características do grão beneficiado, o tipo de preparo que ele irá receber e as possíveis diferenças de paladar e gosto do consumidor do produto. O mesmo grão torrado de maneiras diversas, nível do claro ao escuro, resulta em uma bebida completamente distinta que pode acentuar as qualidades ou mascarar defeitos dos grãos. Do lado positivo podem-se notar nuances cítricas, florais e doces ou negativas, como amargor e adstringência, por conta de um beneficiamento incorreto ao longo do processo ou de uma torra muita escura.
Após todo o processo de fermentação e engarrafamento o vinho segue para a mesa do consumidor e o café, preferencialmente para a mão de um barista. Na comparação entre ambos esta é a etapa mais diversa e comentada por especialistas.
BARISTA E SOMMELIER: A PONTA 
O vinho está pronto na garrafa e precisa de um sommelier conhecedor da arte para harmonizá-lo corretamente. Ele também indicará a melhor temperatura para cada tipo de bebida. De acordo com Tiago Locatelli, sommelier do restaurante paulista Varanda Grill, um espumante deve estar na temperatura de 6oC a 8oC, os brancos leves a 8oC e os encorpados e rosés entre 12oC e 13oC. Tintos leves devem estar ao redor de 17oC e encorpados entre 18oC e 19oC. Para esfriar o vinho pode-se utilizar um balde de gelo; uma garrafa no gelo durante oito minutos sofre uma redução de 5oC na temperatura, que corresponde a 60 minutos de permanência na geladeira.
Além destes detalhes há também o cuidado com a taça escolhida, que deve ser preferencialmente lisa, incolor, com pé alto e diâmetro de boca menor que o do corpo, o que facilita a análise olfativa. A maior diferença é no tamanho das taças: a de vinho branco é menor que a dos tintos. Isto porque o branco deve ser apreciado gelado e, em contato com o copo, passa a esquentar. A menor quantidade garante que a degustação seja na temperatura ideal, sem pressa. Já o tinto pode ser servido em uma taça maior, que contribui para a respiração da bebida quando entra em contato com o ar, mesmo princípio dos decanters que ajudam o vinho a se oxigenar e abrir os aromas e sabores. As jarras de decantação possuem amplas bases que permitem que o vinho respire e se expresse melhor.
O café não chega pronto ao consumidor, esta a grande diferença entre ele e o vinho. Para prepará-lo corretamente é necessária a participação do barista, profissional que há poucos anos começou a ter sua importância reconhecida no mercado de cafés de qualidade. O barista carrega a responsabilidade de entregar ao apreciador um café bem tirado, que destaque todas as nuances que o grão apresentou durante o processo de produção.




A última etapa da cadeia cafeeira está nas mãos deste profissional, que irá realizar a moagem adequada do grão para o tipo de preparo. No filtro ela é fina; na french press e na cafeteira italiana deve ser grossa; e para o espresso, média. A quantidade de pó para a proporção e temperatura ideais da água, a regulagem do acessório ou maquinário utilizado e o tempo de contato da água com o pó são pontos importantes para os quais o barista deve atentar, além da escolha da xícara de formato correto e sua temperatura.
Hoje, já existem grandes empresas que desenvolvem o café em cápsula para que, no preparo do espresso, haja menor intervenção humana na qualidade da bebida. Uma delas é a suíça Nespresso que hoje possui diferentes blends, pela marca definidos com o nome de Grand Cru. Seguindo a linha de interação entre vinho e café, a empresa lançou um programa, o Codex para o Café, voltado para os sommeliers. A intenção é que eles sejam os embaixadores do café dentro dos restaurantes e responsáveis pela indicação ao cliente de qual café harmoniza melhor com determinada refeição e sobremesa, por exemplo.
Para o suíço Edouard Thomas, sensory specialist da Nespresso, o objetivo é aumentar o interesse do mundo pelo café de alta qualidade: "Como o vinho, o café oferece uma enorme diversidade no resultado final e ele é cultivado para ser um prazer único ao paladar. Na gastronomia, o sommelier sabe qual vinho recomendar ao cliente de acordo com a escolha dele. Da mesma forma o café correto pode ser indicado para aumentar a experiência e o prazer do cliente de acordo com o momento e com o que ele está consumindo".
De cima para baixo, rodas de aroma e sabor usadas internacionalmente para a degustação de vinho e café.
DIÁLOGO QUE REFORÇA ATRIBUTOS 
Seguindo esta linha de harmonização, foi oferecida pela primeira vez ao público, no 3º Espaço Café Brasil - feira de negócios dedicada exclusivamente ao mercado de cafés de qualidade - uma harmonização de café e vinho. Idealizada pelo especialista em café Ensei Uejo Neto e o sommelier Manoel Beato, a experiência tem como principal conceito mostrar aos visitantes que há um diálogo entre os dois produtos. "O grande segredo da harmonização é o alinhamento das duas partes envolvidas. Para isso, desenvolvemos o que chamamos de concentração equivalente, ou seja, o café deve ser preparado no método de coador, como no Hemisfério Norte, para assemelhar-se à concentração do vinho", avalia Ensei.
Na harmonização são usados apenas cafés e vinhos de qualidade que apresentam notas delicadas mais distintas. Ambos os produtos são apreciados em taças, pois os especialistas apontam que a geometria do copo ajuda na percepção das nuances mais voláteis, que são mais bem captadas em ambientes mais concentrados. Na avaliação de Ensei, a harmonização "não é um diálogo unidirecional, pois o café reforça atributos do vinho ou o vinho acaba servindo de escada para destacar sabores do café". Uma novidade que pode indicar interessantes caminhos.
Experiências como estas de procurar similaridades, harmonizar e criar uma relação entre esses dois produtos só contribuem para que o consumidor faça testes em casa ou em cafeterias ao provar diferentes cafés de qualidade. Assim como as safras únicas de vinho produzidas por uma região específica, com uvas selecionadas e de determinada variedade, o café também pode ser de terroir - cultivado em uma única fazenda, em um microclima específico etc. - ou de safras diversas e exclusivas que se transformam em blends preciosos, combinações de variedades, tipos de beneficiamento, regiões e outras peculiaridades. Todos estes detalhes transformam aquele café que bebemos em uma experiência única. Por isso, uma dica: valorize o próximo café que você degustar, procure saber mais sobre o processo produtivo e ele, certamente, se tornará mais precioso do que antes. Em uma nova degustação é provável que o sabor daquele bom momento venha resgatado na memória, e esse é um ótimo sinal - sinal de que o café de qualidade lhe conquistou.








11 Pratos Típicos Brasileiros,Conheça e Harmonize os ! (DESAFIO)

  • Veja se você acertou de quais Estados se originaram 11 receitas típicas da mesa brasileira e aproveite para enriquecer seus conhecimentos culturais.por fim de seu parecer e harmonize estes pratos com vinhos teste seus conhecimentos!
  • abraço!!!


    1 - Para começar, você sabe de onde veio a feijoada?

    São Paulo. Apesar de ter sido adotada pelo Rio de Janeiro, a iguaria é paulista e sua origem remonta dos tempos coloniais. É descendente das culinárias europeia e africana. A tradicional feijoada brasileira é feita com feijão-preto, orelha, pé e rabo de porco, paio e carne-seca. É servida com arroz, couve, torresmo, laranja e toucinho.







    2 - Você sabe qual é a origem da moqueca capixaba?

    Espírito Santo. Popular em outras regiões banhadas pelo mar, a moqueca capixaba é tida como o prato típico de seu Estado. Ao contrário da baiana, não leva azeite de dendê nem leite de coco. Para ganhar cor, o segredo é o urucum.







    3 - Você sabe qual é a origem da maniçoba?

    Pará. Este cozido é feito com folhas de maniva (ou mandioca-brava), que devem ser preparadas corretamente para perderem seu veneno. Completam a receita ingredientes usados também no preparo da feijoada, com exceção do feijão. Experimente com farinha de mandioca.




    4 - Você sabe qual é a origem do furrundu?

    Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma sobremesa, feita com doce de mamão verde ralado, rapadura, gengibre, cravo e canela. Deu água na boca?





    5 - Você sabe qual é a origem da tapioca?

    Amazonas. Herança indígena, a tapioca é uma espécie de panqueca, feita com uma farinha especial de mandioca. Em Manaus, o recheio tradicional é o tucumã, uma fruta pequenina de gosto similar ao do amendoim.





    6 - Você sabe qual é a origem da quirera?

    Paraná. Um prato para quem precisa de sustância, como os tropeiros que cruzavam o Sul do Brasil e o criaram. É feito com costela de porco, liguiça e quirera de milho (daí o nome).





    7 - Você sabe qual é a origem do acarajé?

    Bahia. Um dos principais carros-chefe da culinária nordestina, este bolinho frito é considerado patrimônio cultural imaterial brasileiro. A massa é feita de feijão-fradinho e deve ser frita em azeite de dendê. O recheio mais comum é o vatapá.





    8 - Você sabe qual é a origem do arroz de capote?

    Piauí. Esta foi difícil, não? Pois é uma iguaria deliciosa, que leva, além de arroz, pedacinhos de galinha-d'angola (ou capote).



    9 - Você sabe qual é a origem do baião-de-dois?

    Ceará. Mais precisamente, do sertão. No entanto, é um prato bastante apreciado em todo o Nordeste brasileiro. Trata-se de um arroz com feijão bem incrementado, graças à adição de carne-seca, coentro e queijo de coalho.





    10 - Você sabe qual é a origem do bambá de couve?

    Minas Gerais. Apesar de menos popular que a canja, é uma sopa bastante saborosa. Seus ingredientes são fubá, couve e linguiça. Ideal para esquentar o corpo nas noites frias.

     COMO SOU PARANAENSE VAI AI O MEU PRATO TIPICO!


    O barreado ou carne barreada é um prato típico do litoral paranaense, sendo o mais tradicional do estado.
    Sua origem é açoriana de um ritual de 300 anos ainda seguido no preparo do prato. A origem é atribuída aos portugueses que vieram para o litoral do Paraná no século XVIII. Os registros antigos indicam a Ilha de Guaraqueçaba como a disseminadora da receita. O tempero do prato seguiu junto com outras manifestações culturais para o continente, entre elas o fandango, dança de tamancos ao som da rabeca.
    A simplicidade na preparação do prato garantiu que a receita fosse mantida com os mesmos ingredientes e características. Uma das suas características é que mesmo requentado mantém o seu sabor. Durante os dias de festa do fandango, o prato era reaquecido a cada refeição. O sabor não se perde, pois o caldo grosso que se forma é que mantém o sabor da carne.
    O prato consiste em uma carne cozida, servida com arroz e farinha de mandioca. O segredo na preparação é o tempo de cozimento na panela de barro - cerca de vinte horas - o suficiente para desfiar toda a carne. Depois de cozida, as fibras da carne se soltam resultando em um caldo grosso e saboroso. Para manter o sabor da carne, é preciso vedar a panela com uma massa de farinha e água, um barro preparado para manter o vapor dentro da panela.
    Tradicionalmente o prato é acompanhado de frutas: bananas (com banana o gosto se completa) e laranjas. A cachaça de banana pode ser servida como aperitivo. Como entrada ao prato principal, pode ser servido o bolinho de barreado (bolinho frito recheado com banana amassada e a carne do barreado).
    Os locais tradicionais do Estado do Paraná onde encontra-se com facilidade o barreado são as cidades de MorretesAntonina e Paranaguá.
    O Barreado servido nos restaurantes de Morretes é servido por pessoa.


ATUALIZAÇÃO CRUS BORGEOIS E ALGUMAS BOAS OPÇÕES.

Para os amantes do Bordeaux, que não querem gastar uma pequena fortuna em sua escolha, Cru Bourgeois é uma classificação que vale a pena conhecer. Cru Bourgeois
Uma das classificações de prestígio de Bordeaux, os Crus Bourgeois representam alguns vinhos de qualidade excepcional e muitos de excelente relação quliadade/preço. Os melhores são superiores a alguns Crus Classé e capazes de envelhecer em garrafa por muitos e muitos anos.

A classificação vem em  cinco níveis, que foi elaborado depois que o imperador Napoleão III solicitou uma classificação para os melhores vinhos Bordeaux da França para a Exposição Universal de Paris.

Uma classificação que se inicia com nomes de prestígio tais como Chateau Lafite Rothschild e termina com a velhos favoritos como Chateau Grand-Puy-Lacoste. Abaixo Cru Bourgeois fica menor Cru Artisan, então Bordeaux superior e inferior que a AOC Bordeaux.

mês passado em Paris e Londres, Frederique de Lamothe, o diretor da Alliance des Crus Bourgeois du Medoc revelou sua nova seleção. A lista de 243 Chateaux tem sido o resultado de um ano de trabalho por profissionais do vinho, não proprietários Chateaux, para seleccionar os vinhos de referência - em termos de qualidade - que foram consideradas de alta qualidade suficiente para ser rotulado Cru Bourgeois. A medida é uma tentativa de formalizar os níveis de qualidade. Dependendo do Chateaux vintage serão incluídos ou excluídos da lista.

A expressão Cru Bourgeois, é realmente uma das mais antigas na indústria do vinho, que remonta ao século XIII, quando a França estava sob o domínio do rei João da Inglaterra, conhecido como John Lackland.

Em 1203 o Rei Inglês isentos os comerciantes de Bordeaux, do Couturme Grande, o imposto de exportação principal. No retorno para isso o "burguês" das principais regiões se comprometeram a apoiar D. João contra Filipe Augusto, rei da França. Como resultado os comerciantes da Gasconha estabeleceu um monolpoly no mercado Inglês que levou ao nascimento da Crus Bourgeois du Médoc.

Ele ganhou terreno nos anos trinta, quando os corretores de Bordeaux, sob a autoridade da Câmara de Comércio de Bordeaux e da Câmara de Agricultura elaborou uma lista de 444 propriedades que permaneceu no local por mais de seis décadas, embora ela nunca foi submetida a ratificação ministerial.

Até o final do século XX, ficou claro que um novo sistema era necessário e depois de inúmeras queixas, disputas judiciais e discussões, temos agora a Selecção Oficial da Crus Bourgeois du Médoc.



Cru Bourgeois: o Bordeaux nosso de cada dia

Excelentes opções para quem pretende apreciar os vinhos de Bordeaux, sem desequilibrar as finanças.

Por Marcelo Copello da revista adega.


fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château Bellegrave 1999
 (Impexco, R$ 112). Cru Bourgeois (CB). Granada escuro. Bom ataque olfativo, já com aromas de evolução, frutas maduras, cacau, especiarias doces, tabaco, musgo, leves toques animais, como pelica. Médio corpo, taninos prontos, média acidez, falta estrutura e elegância.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château de Malleret 2001
 (Zahil, R$ 134), CBS em 2003. Rubi violáceo escuro, aromas com muitos tostados (café, chocolate, amêndoa torrada) e frutas maduras (ameixas e cassis) e toques vegetais de musgo e tabaco. Paladar de médio corpo, boa acidez e equilíbrio.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château Coutelin-Merville 1998
 (Expand, R$ 116,61), CB em 2003. Rubi escuro. Bom ataque aromático, lembrando ameixas maduras e cassis, baunilha e alcaçuz, com bom frescor, boa persistência. Entra bem na boca, com boa acidez, elegante, médio corpo, taninos macios. Falta complexidade nos aromas e profundidade no paladar.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château Maucaillou 1997
 (Decanter, US$ 53) CBS em 2003. Granada com reflexos alaranjados. Intenso, etéreo, defumados, couro, tostados, café, chocolate, cravo. Entra muito bem no paladar, macio, elegante, complexo, a persistência cai um pouco no final, sinal que já está no limite para ser consumido.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château d'Agassac 2001 
(La Vigne, R$ 170). CBS. Rubi escuro com reflexos violáceos, bom ataque aromático com muitas frutas maduras (cassis, amoras, ameixas), tostados (café), vegetais (tabaco), paladar de médio-bom corpo, elegante e equilibrado, com taninos finos e macios.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château du Taillan 2001
 (Mr. Man, R$ 120). CBS. Rubi escuro brilhante, as frutas vermelhas do bosque dominam, demonstrando supremacia da Merlot no corte, madeira também aparece. Médio corpo, boa acidez, elegante, taninos macios, pronto.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château Potensac 2002
 (Terroir, 150), CBE em 2003, pertence ao Château Léoville Las Cases. Vermelho rubi violáceo, muita fruta nos aromas, com toques de baunilha e tostados, para uma safra difícil como 2002 bom corpo e persistência.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château Bernadotte 2001
 (Expand, R$ 118), CB. Este Château pertence a May- Eliane de Lencquesaing, um das figures mais importantes de Bordeaux, proprietária do Château Pichon Longueville Comtesse de Lalande. Rubi violáceo escuro, aromas de frutas maduras (cassis), madeira aparece com baunilha, tostados e especiarias. Paladar de médio corpo, taninos finos e macios, muito equilibrado e elegante.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château Larose Perganson 2000
 (Grand Vin, R$ 189), CB em 2003. Rubi violáceo, reflete a safra 2000, mais concentrada, com frutas muito maduras (ameixas em destaque), madeira aparece bem integrada, frescor de menta, boa estrutura de taninos, finos e bem presentes.

fotos: Christian Bauer/Stock.Xchng e Marcelo Copello
Château Castera 1996
 (Terroir, 140) CBS em 2003. Excelente safra, em um ótimo momento com quase10 anos de idade. Granada escuro com reflexos alaranjados, boa complexidade de aromas, dominados por especiarias (canela, cravo) e toque animais (defumados, couro), além de muitas frutas. Taninos prontos, bom corpo e muita elegância no palato.


 SELEÇÃO ATUALIZADA DE CRUS BORGEOIS 2008

MÉDOC 
CHÂTEAU BEGADANET • CHÂTEAU BELLEGRAVE • CHÂTEAU BELLERIVE • CHÂTEAU BELLEVUE • CHÂTEAU BESSAN SEGUR • CHÂTEAU BOURNAC • CHÂTEAU CARCANIEUX • CHÂTEAU
CASTERA • CHÂTEAU CHANTELYS • CHÂTEAU CHANTEMERLE • CHÂTEAU CLEMENT SAINT JEAN • CHÂTEAU DAVID • CHÂTEAU DE BENSSE • CHÂTEAU DE LA CROIX • CHÂTEAU DE
PANIGON • CHÂTEAU DES BROUSTERAS • CHÂTEAU DES CABANS • CHÂTEAU DES GRANGES D’OR • CHÂTEAU DES TOURELLES • CHÂTEAU D’ESCOT • CHÂTEAU D’ESCURAC • CHÂTEAU
DU PERIER • CHÂTEAU FLEUR LA MOTHE • CHÂTEAU FONTAINE DE L’AUBIER • CHÂTEAU FONTIS • CHÂTEAU GRAND BERTIN DE SAINT CLAIR • CHÂTEAU GREYSAC • CHÂTEAU
GRIVIERE • CHÂTEAU HAUT BARRAIL • CHÂTEAU HAUT CANTELOUP • CHÂTEAU HAUT MAURAC • CHÂTEAU HAUT-MYLES • CHÂTEAU HOURBANON • CHÂTEAU LA BRANNE • CHÂTEAU
LA CARDONNE • CHÂTEAU LA CLARE • CHÂTEAU LA GORCE • CHÂTEAU LA GRAVETTE LACOMBE • CHÂTEAU LA PIROUETTE • CHÂTEAU LA RAZE BEAUVALLET • CHÂTEAU LA RIBAUD
• CHÂTEAU LA ROQUE DE BY • CHÂTEAU LABADIE • CHÂTEAU LAFFITTE LAUJAC • CHÂTEAU LALANDE D’AUVION • CHÂTEAU L’ARGENTEYRE • CHÂTEAU LASSUS • CHÂTEAU LAULAN
DUCOS • CHÂTEAU LE BARRAIL • CHÂTEAU LE BOURDIEU • CHÂTEAU LE PEY • CHÂTEAU LE TEMPLE • CHÂTEAU LEBOSCQ • CHÂTEAU LES GRANDS CHENES • CHÂTEAU LES LATTES •
CHÂTEAU LES MOINES • CHÂTEAU LES ORMES SORBET • CHÂTEAU LES TUILERIES • CHÂTEAU LESTRUELLE • CHÂTEAU L’INCLASSABLE • CHÂTEAU LISTRAN • CHÂTEAU LOUDENNE •
CHÂTEAU LOUSTEAUNEUF • CHÂTEAU MAISON BLANCHE • CHÂTEAU MAZAILS • CHÂTEAU MERIC • CHÂTEAU MOULIN DE BEL AIR • CHÂTEAU MOULIN DE BRION • CHÂTEAU MOULIN
DE CANHAUT • CHÂTEAU MOULIN DE CASSY • CHÂTEAU NOAILLAC • CHÂTEAU PATACHE D’AUX • CHÂTEAU PEY DE PONT • CHÂTEAU PIERRE DE MONTIGNAC • CHÂTEAU POITEVIN
• CHÂTEAU PONTEY • CHÂTEAU PREUILLAC • CHÂTEAU RAMAFORT • CHÂTEAU RICAUDET • CHÂTEAU ROLLAN DE BY • CHÂTEAU ROQUEGRAVE • CHÂTEAU ROUSSEAU DE SIPIAN •
CHÂTEAU SAINT BONNET • CHÂTEAU SAINT-CHRISTOLY • CHÂTEAU SAINT-CHRISTOPHE • CHÂTEAU SAINT-HILAIRE • CHÂTEAU SEGUE LONGUE MONNIER • CHÂTEAU TOUR BLANCHE •
CHÂTEAU TOUR CASTILLON • CHÂTEAU TOUR HAUT-CAUSSAN • CHÂTEAU TOUR PRIGNAC • CHÂTEAU TOUR SAINT-BONNET • CHÂTEAU TOUR SERAN • CHÂTEAU VERNOUS • CHÂTEAU
VIEUX ROBIN • VIEUX CHÂTEAU LANDON
HAUT-MÉDOC 
CHÂTEAU ANEY • CHÂTEAU BALAC • CHÂTEAU BARATEAU • CHÂTEAU BARREYRES • CHÂTEAU BEAUMONT • CHÂTEAU BEL AIR • CHÂTEAU BELLEGRAVE DU POUJEAU • CHÂTEAU BELLEVUE • CHÂTEAU BEYZAC • CHÂTEAU BIBIAN • CHÂTEAU CAMBON LA PELOUSE • CHÂTEAU CARONNE SAINTE GEMME • CHÂTEAU CHARMAIL • CHÂTEAU CISSAC • CHÂTEAU CLEMENTPICHON • CHÂTEAU D’AGASSAC • CHÂTEAU D’ARCHE • CHÂTEAU D’ARCINS • CHÂTEAU DASVIN BEL AIR • CHÂTEAU D’AURILHAC • CHÂTEAU DE BRAUDE • CHÂTEAU DE GIRONVILLE •
CHÂTEAU DE L’ABBAYE • CHÂTEAU DE MALLERET • CHÂTEAU DE VILLAMBIS • CHÂTEAU DE VILLEGEORGE • CHÂTEAU DEVISE D’ARDILLEY • CHÂTEAU DOYAC • CHÂTEAU DU BREUIL •
CHÂTEAU DU CARTILLON • CHÂTEAU DU MOULIN ROUGE • CHÂTEAU DU RETOUT • CHÂTEAU DU TAILLAN • CHÂTEAU DUTHIL • CHÂTEAU FONTESTEAU • CHÂTEAU GRAND CLAPEAU
OLIVIER • CHÂTEAU GRANDIS • CHÂTEAU HANTEILLAN • CHÂTEAU HAUT BELLEVUE • CHÂTEAU HAUT LOGAT • CHÂTEAU HAUT MADRAC • CHÂTEAU HOURTIN-DUCASSE • CHÂTEAU
LA FON DU BERGER • CHÂTEAU LA LAUZETTE DECLERCQ • CHÂTEAU LA TONNELLE • CHÂTEAU LABAT • CHÂTEAU LACOUR JACQUET • CHÂTEAU LAMOTHE BERGERON • CHÂTEAU
LAMOTHE CISSAC • CHÂTEAU LANDAT • CHÂTEAU LAROSE PERGANSON • CHÂTEAU LAROSE TRINTAUDON • CHÂTEAU LARRIVAUX • CHÂTEAU LE BOURDIEU VERTHEUIL • CHÂTEAU
LE MONTEIL D’ARSAC • CHÂTEAU LESTAGE SIMON • CHÂTEAU LIEUJEAN • CHÂTEAU LIVERSAN • CHÂTEAU MAGNOL • CHÂTEAU MALESCASSE • CHÂTEAU MAUCAILLOU FELLETIN
• CHÂTEAU MAUCAMPS • CHÂTEAU MAURAC • CHÂTEAU MEYRE • CHÂTEAU MOULIN DE BLANCHON • CHÂTEAU MOULIN DE LABORDE • CHÂTEAU MURET • CHÂTEAU PALOUMEY •
CHÂTEAU PEYRABON • CHÂTEAU PEYRAT-FOURTHON • CHÂTEAU PONTOISE CABARRUS • CHÂTEAU RAMAGE LA BATISSE • CHÂTEAU REYNATS • CHÂTEAU REYSSON • CHÂTEAU SAINT
AHON • CHÂTEAU SAINT-PAUL • CHÂTEAU TOUR DU HAUT-MOULIN • CHÂTEAU TOUR-DU-ROC • CHÂTEAU TOUR SAINT-JOSEPH • CHÂTEAU TROIS-MOULINS • CHÂTEAU VICTORIA
LISTRAC-MÉDOC
CHÂTEAU BAUDAN • CHÂTEAU CAP LEON VEYRIN • CHÂTEAU CAPDET • CHÂTEAU DONISSAN • CHÂTEAU FONREAUD • CHÂTEAU LAFON • CHÂTEAU L’ERMITAGE • CHÂTEAU LESTAGE •
CHÂTEAU LIOUNER • CHÂTEAU REVERDI • CHÂTEAU SARANSOT-DUPRE • CHÂTEAU VIEUX MOULIN
MOULIS EN MÉDOC
CHÂTEAU ANTHONIC • CHÂTEAU BISTON BRILLETTE • CHÂTEAU BRANAS GRAND POUJEAUX • CHÂTEAU BRILLETTE • CHÂTEAU CHEMIN ROYAL • CHÂTEAU DUTRUCH GRAND POUJEAUX
• CHÂTEAU GUITIGNAN • CHÂTEAU LA GARRICQ • CHÂTEAU LA MOULINE • CHÂTEAU LALAUDEY • CHÂTEAU MALMAISON • CHÂTEAU POMEYS
MARGAUX 
CHÂTEAU D’ARSAC • CHÂTEAU DEYREM VALENTIN • CHÂTEAU GRAND TAYAC • CHÂTEAU HAUT BRETON LARIGAUDIERE • CHÂTEAU LA GALIANE • CHÂTEAU LA TOUR DE BESSAN •
CHÂTEAU LA TOUR DE MONS • CHÂTEAU LE COTEAU • CHÂTEAU MONGRAVEY • CHÂTEAU PAVEIL DE LUZE • CHÂTEAU PONTAC LYNCH • CHÂTEAU PONTET CHAPPAZ • CHÂTEAU TAYAC
SAINT-JULIEN
CHÂTEAU DU GLANA • CHÂTEAU LALANDE
PAUILLAC
CHÂTEAU FONBADET • CHÂTEAU HAUT-BAGES MONPELOU • CHÂTEAU LA FLEUR PEYRABON • CHÂTEAU PLANTEY • CHÂTEAU TOUR SIEUJEAN
SAINT-ESTÈPHE
CHÂTEAU BEAU SITE • CHÂTEAU BEL AIR • CHÂTEAU CLAUZET • CHÂTEAU COUTELIN MERVILLE • CHÂTEAU DE CÔME • CHÂTEAU DOMEYNE • CHÂTEAU LA COMMANDERIE • CHÂTEAU
LA HAYE • CHÂTEAU LADOUYS • CHÂTEAU LAFFITTE CARCASSET • CHÂTEAU L’ARGILUS DU ROI • CHÂTEAU LE BOSCQ • CHÂTEAU LE CROCK • CHÂTEAU LILIAN LADOUYS • CHÂTEAU
PETIT BOCQ • CHÂTEAU PICARD • CHÂTEAU PLANTIER ROSE • CHÂTEAU SEGUR DE CABANAC • CHÂTEAU SERILHAN • CHÂTEAU TOUR DE PEZ • CHÂTEAU TOUR DES TERMES • CHÂTEAU
TOUR SAINT-FORT

MÉDOC

CHÂTEAU ANEY • Haut-Médoc • CHÂTEAU ANTHONIC • Moulis en Médoc • CHÂTEAU BALAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU BARATEAU • Haut-Médoc • CHÂTEAU BARREYRES • Haut-Médoc •
CHÂTEAU BAUDAN • Listrac-Médoc • CHÂTEAU BEAU SITE • Saint-Estèphe • CHÂTEAU BEAUMONT • Haut-Médoc • CHÂTEAU BEGADANET • Médoc • CHÂTEAU BEL AIR • Haut-Médoc •
CHÂTEAU BEL AIR • Saint-Estèphe • CHÂTEAU BELLEGRAVE • Médoc • CHÂTEAU BELLEGRAVE DU POUJEAU • Haut-Médoc • CHÂTEAU BELLERIVE • Médoc • CHÂTEAU BELLEVUE • Médoc
• CHÂTEAU BELLE-VUE • Haut-Médoc • CHÂTEAU BESSAN SEGUR • Médoc • CHÂTEAU BEYZAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU BIBIAN • Haut-Médoc • CHÂTEAU BISTON BRILLETTE • Moulis
en Médoc • CHÂTEAU BOURNAC • Médoc • CHÂTEAU BRANAS GRAND POUJEAUX • Moulis en Médoc • CHÂTEAU BRILLETTE • Moulis en Médoc • CHÂTEAU CAMBON LA PELOUSE • HautMédoc • CHÂTEAU CAP LEON VEYRIN • Listrac-Médoc • CHÂTEAU CAPDET • Listrac-Médoc • CHÂTEAU CARCANIEUX • Médoc • CHÂTEAU CARONNE SAINTE GEMME • Haut-Médoc •
CHÂTEAU CASTERA • Médoc • CHÂTEAU CHANTELYS • Médoc • CHÂTEAU CHANTEMERLE • Médoc • CHÂTEAU CHARMAIL • Haut-Médoc • CHÂTEAU CHEMIN ROYAL • Moulis en Médoc •
CHÂTEAU CISSAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU CLAUZET • Saint-Estèphe • CHÂTEAU CLÉMENT-PICHON • Haut-Médoc • CHÂTEAU CLÉMENT SAINT JEAN • Médoc • CHÂTEAU COUTELIN
MERVILLE • Saint-Estèphe • CHÂTEAU D’AGASSAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU D’ARCHE • Haut-Médoc • CHÂTEAU D’ARCINS • Haut-Médoc • CHÂTEAU D’ARSAC • Margaux • CHÂTEAU
DASVIN BEL AIR • Haut-Médoc • CHÂTEAU D’AURILHAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU DAVID • Médoc • CHÂTEAU DE BENSSE • Médoc • CHÂTEAU DE BRAUDE • Haut-Médoc • CHÂTEAU DE
CÔME • Saint-Estèphe • CHÂTEAU DE GIRONVILLE • Haut-Médoc • CHÂTEAU DE LA CROIX • Médoc • CHÂTEAU DE L’ABBAYE • Haut-Médoc • CHÂTEAU DE MALLERET • Haut-Médoc •
CHÂTEAU DE PANIGON • Médoc • CHÂTEAU DE VILLAMBIS • Haut-Médoc • CHÂTEAU DE VILLEGEORGE • Haut-Médoc • CHÂTEAU DES BROUSTERAS • Médoc • CHÂTEAU DES CABANS •
Médoc • CHÂTEAU DES GRANGES D’OR • Médoc • CHÂTEAU DES TOURELLES • Médoc • CHÂTEAU D’ESCOT • Médoc • CHÂTEAU D’ESCURAC • Médoc • CHÂTEAU DEVISE D’ARDILLEY •
Haut-Médoc • CHÂTEAU DEYREM VALENTIN • Margaux • CHÂTEAU DOMEYNE • Saint-Estèphe • CHÂTEAU DONISSAN • Listrac-Médoc • CHÂTEAU DOYAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU DU
BREUIL • Haut-Médoc • CHÂTEAU DU CARTILLON • Haut-Médoc • CHÂTEAU DU GLANA • Saint-Julien • CHÂTEAU DU MOULIN ROUGE • Haut-Médoc • CHÂTEAU DU PERIER • Médoc •
CHÂTEAU DU RETOUT • Haut-Médoc • CHÂTEAU DU TAILLAN • Haut-Médoc • CHÂTEAU DUTHIL • Haut-Médoc • CHÂTEAU DUTRUCH GRAND POUJEAUX • Moulis en Médoc • CHÂTEAU
FLEUR LA MOTHE • Médoc • CHÂTEAU FONBADET • Pauillac • CHÂTEAU FONREAUD • Listrac-Médoc • CHÂTEAU FONTAINE DE L’AUBIER • Médoc • CHÂTEAU FONTESTEAU • Haut-Médoc
• CHÂTEAU FONTIS • Médoc • CHÂTEAU GRAND BERTIN DE SAINT CLAIR • Médoc • CHÂTEAU GRAND CLAPEAU OLIVIER • Haut-Médoc • CHÂTEAU GRAND TAYAC • Margaux • CHÂTEAU
GRANDIS • Haut-Médoc • CHÂTEAU GREYSAC • Médoc • CHÂTEAU GRIVIERE • Médoc • CHÂTEAU GUITIGNAN • Moulis en Médoc • CHÂTEAU HANTEILLAN • Haut-Médoc • CHÂTEAU HAUTBAGES MONPELOU • Pauillac • CHÂTEAU HAUT BARRAIL • Médoc • CHÂTEAU HAUT BELLEVUE • Haut-Médoc • CHÂTEAU HAUT BRETON LARIGAUDIERE • Margaux • CHÂTEAU HAUT
CANTELOUP • Médoc • CHÂTEAU HAUT LOGAT • Haut-Médoc • CHÂTEAU HAUT MADRAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU HAUT MAURAC • Médoc • CHÂTEAU HAUT-MYLES • Médoc • CHÂTEAU
HOURBANON • Médoc • CHÂTEAU HOURTIN-DUCASSE • Haut-Médoc • CHÂTEAU LA BRANNE • Médoc • CHÂTEAU LA CARDONNE • Médoc • CHÂTEAU LA CLARE • Médoc • CHÂTEAU LA
COMMANDERIE • Saint-Estèphe • CHÂTEAU LA FLEUR PEYRABON • Pauillac • CHÂTEAU LA FON DU BERGER • Haut-Médoc • CHÂTEAU LA GALIANE • Margaux • CHÂTEAU LA GARRICQ •
Moulis en Médoc • CHÂTEAU LA GORCE • Médoc • CHÂTEAU LA GRAVETTE LACOMBE • Médoc • CHÂTEAU LA HAYE • Saint-Estèphe • CHÂTEAU LA LAUZETTE DECLERCQ • Haut-Médoc •
CHÂTEAU LA MOULINE • Moulis en Médoc • CHÂTEAU LA PIROUETTE • Médoc • CHÂTEAU LA RAZE BEAUVALLET • Médoc • CHÂTEAU LA RIBAUD • Médoc • CHÂTEAU LA ROQUE DE BY •
Médoc • CHÂTEAU LA TONNELLE • Haut-Médoc • CHÂTEAU LA TOUR DE BESSAN • Margaux • CHÂTEAU LA TOUR DE MONS • Margaux • CHÂTEAU LABADIE • Médoc • CHÂTEAU LABAT •
Haut-Médoc • CHÂTEAU LACOUR JACQUET • Haut-Médoc • CHÂTEAU LADOUYS • Saint-Estèphe • CHÂTEAU LAFFITTE CARCASSET • Saint-Estèphe • CHÂTEAU LAFFITTE LAUJAC • Médoc
• CHÂTEAU LAFON • Listrac-Médoc • CHÂTEAU LALANDE • Saint-Julien • CHÂTEAU LALANDE D’AUVION • Médoc • CHÂTEAU LALAUDEY • Moulis en Médoc • CHÂTEAU LAMOTHE
BERGERON • Haut-Médoc • CHÂTEAU LAMOTHE CISSAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU LANDAT • Haut-Médoc • CHÂTEAU L’ARGENTEYRE • Médoc • CHÂTEAU L’ARGILUS DU ROI • SaintEstèphe • CHÂTEAU LAROSE PERGANSON • Haut-Médoc • CHÂTEAU LAROSE TRINTAUDON • Haut-Médoc • CHÂTEAU LARRIVAUX • Haut-Médoc • CHÂTEAU LASSUS • Médoc • CHÂTEAU
LAULAN DUCOS • Médoc • CHÂTEAU LE BARRAIL • Médoc • CHÂTEAU LE BOSCQ • Saint-Estèphe • CHÂTEAU LE BOURDIEU • Médoc • CHÂTEAU LE BOURDIEU VERTHEUIL • Haut-Médoc
• CHÂTEAU LE COTEAU • Margaux • CHÂTEAU LE CROCK • Saint-Estèphe • CHÂTEAU LE MONTEIL D’ARSAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU LE PEY • Médoc • CHÂTEAU LE TEMPLE • Médoc •
CHÂTEAU LEBOSCQ • Médoc • CHÂTEAU L’ERMITAGE • Listrac-Médoc • CHÂTEAU LES GRANDS CHENES • Médoc • CHÂTEAU LES LATTES • Médoc • CHÂTEAU LES MOINES • Médoc •
CHÂTEAU LES ORMES SORBET • Médoc • CHÂTEAU LES TUILERIES • Médoc • CHÂTEAU LESTAGE • Listrac-Médoc • CHÂTEAU LESTAGE SIMON • Haut-Médoc • CHÂTEAU LESTRUELLE •
Médoc • CHÂTEAU LIEUJEAN • Haut-Médoc • CHÂTEAU LILIAN LADOUYS • Saint-Estèphe • CHÂTEAU L’INCLASSABLE • Médoc • CHÂTEAU LIOUNER • Listrac-Médoc • CHÂTEAU LISTRAN
• Médoc • CHÂTEAU LIVERSAN • Haut-Médoc • CHÂTEAU LOUDENNE • Médoc • CHÂTEAU LOUSTEAUNEUF • Médoc • CHÂTEAU MAGNOL • Haut-Médoc • CHÂTEAU MAISON BLANCHE •
Médoc • CHÂTEAU MALESCASSE • Haut-Médoc • CHÂTEAU MALMAISON • Moulis en Médoc • CHÂTEAU MAUCAILLOU FELLETIN • Haut-Médoc • CHÂTEAU MAUCAMPS • Haut-Médoc •
CHÂTEAU MAURAC • Haut-Médoc • CHÂTEAU MAZAILS • Médoc • CHÂTEAU MERIC • Médoc • CHÂTEAU MEYRE • Haut-Médoc • CHÂTEAU MONGRAVEY • Margaux • CHÂTEAU MOULIN DE
BEL AIR • Médoc • CHÂTEAU MOULIN DE BLANCHON • Haut-Médoc • CHÂTEAU MOULIN DE BRION • Médoc • CHÂTEAU MOULIN DE CANHAUT • Médoc • CHÂTEAU MOULIN DE CASSY •
Médoc • CHÂTEAU MOULIN DE LABORDE • Haut-Médoc • CHÂTEAU MURET • Haut-Médoc • CHÂTEAU NOAILLAC • Médoc • CHÂTEAU PALOUMEY • Haut-Médoc • CHÂTEAU PATACHE D’AUX
• Médoc • CHÂTEAU PAVEIL DE LUZE • Margaux • CHÂTEAU PETIT BOCQ • Saint-Estèphe • CHÂTEAU PEY DE PONT • Médoc • CHÂTEAU PEYRABON • Haut-Médoc • CHÂTEAU PEYRATFOURTHON • Haut-Médoc • CHÂTEAU PICARD • Saint-Estèphe • CHÂTEAU PIERRE DE MONTIGNAC • Médoc • CHÂTEAU PLANTEY • Pauillac • CHÂTEAU PLANTIER ROSE • Saint-Estèphe
• CHÂTEAU POITEVIN • Médoc • CHÂTEAU POMEYS • Moulis en Médoc • CHÂTEAU PONTAC LYNCH • Margaux • CHÂTEAU PONTET CHAPPAZ • Margaux • CHÂTEAU PONTEY • Médoc •
CHÂTEAU PONTOISE CABARRUS • Haut-Médoc • CHÂTEAU PREUILLAC • Médoc • CHÂTEAU RAMAFORT • Médoc • CHÂTEAU RAMAGE LA BATISSE • Haut-Médoc • CHÂTEAU REVERDI •
Listrac-Médoc • CHÂTEAU REYNATS • Haut-Médoc • CHÂTEAU REYSSON • Haut-Médoc • CHÂTEAU RICAUDET • Médoc • CHÂTEAU ROLLAN DE BY • Médoc • CHÂTEAU ROQUEGRAVE •
Médoc • CHÂTEAU ROUSSEAU DE SIPIAN • Médoc • CHÂTEAU SAINT AHON • Haut-Médoc • CHÂTEAU SAINT BONNET • Médoc • CHÂTEAU SAINT-CHRISTOLY • Médoc • CHÂTEAU SAINTCHRISTOPHE • Médoc • CHÂTEAU SAINT-HILAIRE • Médoc • CHÂTEAU SAINT-PAUL • Haut-Médoc • CHÂTEAU SARANSOT-DUPRE • Listrac-Médoc • CHÂTEAU SEGUE LONGUE MONNIER
• Médoc • CHÂTEAU SEGUR DE CABANAC • Saint-Estèphe • CHÂTEAU SERILHAN • Saint-Estèphe • CHÂTEAU TAYAC • Margaux • CHÂTEAU TOUR BLANCHE • Médoc • CHÂTEAU TOUR
CASTILLON • Médoc • CHÂTEAU TOUR DE PEZ • Saint-Estèphe • CHÂTEAU TOUR DES TERMES • Saint-Estèphe • CHÂTEAU TOUR DU HAUT-MOULIN • Haut-Médoc • CHÂTEAU TOUR-DUROC • Haut-Médoc • CHÂTEAU TOUR HAUT-CAUSSAN • Médoc • CHÂTEAU TOUR PRIGNAC • Médoc • CHÂTEAU TOUR SAINT-BONNET • Médoc • CHÂTEAU TOUR SAINT-FORT • SaintEstèphe • CHÂTEAU TOUR SAINT-JOSEPH • Haut-Médoc • CHÂTEAU TOUR SERAN • Médoc • CHÂTEAU TOUR SIEUJEAN • Pauillac • CHÂTEAU TROIS-MOULINS • Haut-Médoc • CHÂTEAU
VERNOUS • Médoc • CHÂTEAU VICTORIA • Haut-Médoc • CHÂTEAU VIEUX MOULIN • Listrac-Médoc • CHÂTEAU VIEUX ROBIN • Médoc • VIEUX CHÂTEAU LANDON • Médoc
Le cahier des charges et le plan de vérifi cation relatifs à la sélection des Crus Bourgeois du Médoc
sont homologués par l’arrêté ministériel du 16 novembre 2009