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sexta-feira, 30 de março de 2012

Manoel Beato anuncia " não compraremos mais vinhos Nacionais,assim que forem acabando não serão repostos nas cartas do Grupo Fasano"




 Manoel Beato, um dos mais conceituados sommeliers do Brasil, decidiu também tirar os vinhos brasileiros das cartas dos dez restaurantes do grupo Fasano. Os rótulos nacionais vão saindo das adegas das casas de Rogério Fasano conforme as cartas de cada restaurante forem sendo refeitas nos próximos meses. “Não vou mudar a carta agora, mas conforme os vinhos forem acabando, não vamos comprar mais. E nas novas cartas não teremos vinhos brasileiros”, afirma Beato.

O sommelier tomou a decisão de tirar todos os vinhos brasileiros das cartas como forma de pressionar a Ibravin e demais associações que apóiam a salvaguarda a desistirem do projeto. “Sei que a medida é forte, pela imagem do Fasano, mas é como conseguimos reagir ao projeto de limitar a diversidade do vinho”, diz Beato. “A salvaguarda é um retrocesso, em um momento em que a imagem de qualidade do vinho brasileiro está crescendo”, acrescenta. Dos mais de 350 rótulos da carta do Fasano, os brasileiros representam 10 rótulos – é um volume pequeno, mas importante para a imagem de qualidade do vinho nacional.

Mais: Beato é um sommelier conhecido por valorizar a produção nacional. Não raro, ele coloca tintos brasileiros em provas às cegas com grandes marcas européias para clientes e enófilos. São sempre vinhos que ele provou, gostou e se surpreendeu. E faz um trabalho importante para diminuir (ou acabar) com o preconceito de muitos consumidores com os vinhos elaborados em nosso país.


Além do Fasano, várias casas de alta gastronomia anunciaram que estão tirando os vinhos das vinícolas brasileiras que apóiam a salvaguarda de suas adegas. Roberta Sudbrack, Claude Troisgros e Felipe Bronze, no Rio de Janeiro, e a Tasca da Esquina, em São Paulo, são os principais. Ontem, o D.O.M. e o Dalva e Dito, em São Paulo, anunciaram que estão tirando todos os rótulos, e não apenas os das vinícolas que apóiam a salvaguarda, de suas cartas.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Páscoa Com vinho para todos os pratos e para o o Ovo de Páscoa.



Para os pratos tradicionais da semana santa vamos em busca do que melhor casa com suas escolhas.
A tradicional bacalhoada, o chocolate e a colomba pascal não ficam nunca de fora dos especiais  almoços de páscoa. Para que a refeição fique ainda mais prazerosa, nada como harmonizar com bons vinhos as estrelas da mesa de semana santa. Sommelier Daniel Santos  dá algumas pitadas para quem quer acertar  na escolha dos vinhos servidos nesta data. As dicas são do sommelier da Decanter Londrina, Daniel Santos
Bacalhau - Tradicional na páscoa, o Bacalhau pode ser feito de diversas formas. As mais conhecidas - Gomes de Sá e bacalhau à Brasileira – são uma explosão de sabores. Graças à essa grande variedade de ingredientes e gostos, muitas vezes, o consumidor não sabe qual vinho escolher para harmonizar com a iguaria.
 “Nunca deixe de lado seu gosto pessoal ele com certeza se encaixa em algum vinho para seu prato". O Bacalhau pode ser harmonizado tanto com tinto quanto com vinho branco o que abre o leque de possibilidades, porém alguns pontos devem ser considerados, como os ingredientes da receita.” Daniel.
O Bacalhau com um toque mais condimentado, como é o caso do à moda Brasileira, pode ser harmonizado com um vinho mais estruturado e encorpado como o Marquês de Montemor Reserva VR  - o vinho passou 6 meses em barricas de carvalho francês, o que lhe garante toque de frutas maduras e especiarias. Já a tradicional receita do bacalhau à Gomes de Sá pode ser harmonizada com um chadornnay Piemontês o L' Altro Chardonnay Piemonte 2010 e perfeito para pratos com textura suave e delicados no paladar, ele descansa 5 meses em barricas novas de carvalho francês sobre as lias (25% do vinho) transferindo textura sedosa e aveludada ao corpo deste chardonnay.

Chocolate - Apesar de não ser muito freqüente, o vinho e chocolate rendem uma bela combinação. Amargo, preto, ao leite, branco, com castanhas ou frutas, o chocolate oferece um gosto só dele. “O sabor doce do chocolate pede um vinho potente e estruturado, como os vinhosfortificados ou um belo tannat maduro. Neste caso, o vinho potente diluirá a gordura do chocolate e ressaltará o açúcar” explica Daniel.
" Gosto muito do casamento do Tannat Bouza com chocolate amargo ou de 70% acima de cacau,fica tudo muito equilibrado e final de boca infinito"

Para os chocolates amargos a sugestão é o vinho do Porto estruturado e encorpado, o rótulo possui sabores complexos, graças aos 5 anos em barrica de carvalho. Para os chocolates brancos a indicação é do Porto Quinta da Gaivosa Vintage 2003 , perfeito para acompanhar receitas feitas com esse tipo de chocolate, pois possui corpo leve e intenso.

Colomba Pascal - Ao contrário do que se pensa, a colomba pascal é diferente do panetone. Com diferentes coberturas e recheios como amêndoas, chocolate e glacê, por exemplo, a colomba pascal também pode ser harmonizada com vinhos. Para a receita tradicional de colomba, o sabor suave da colomba combina perfeitamente com a doçura e delicadeza do vinho de sobremesa.


Gewurztraminer Granos Nobles 2008






Características Organolépticas:Coloração dourada muito luminosa. Seduz pela intensidade terpênica de lichia, rosas, gengibre e notas etéreas. Revela em boca delicada doçura, untuoso e equilibrado por ótimo frescor.

Graduação Alcoólica13° GL
Diretrizes Enogastronômicas Sobremesas à base de frutas assadas. Tarte tatin de Frutas da estação com gengibre ou amendoas. Foie gras com algumas reduções de frutas e destilados. Torta folhada de pêras ao roquefort ou só com queijos azuis, mas a estrela nesta a harmonização é colomba não deixe de prova la junto a este belo dessert wine!!!


Obrigado e uma bela páscoa  a todos!




sábado, 24 de março de 2012

Protecionismo e vinho: uma questão delicada








Mauricio Tagliari
De São Paulo



Ser brasileiro é uma aventura, sabemos. Já dizia o maestro soberano Tom Jobim que o Brasil é para profissionais. E quando um brasileiro brilha no exterior parece que desperta uma mescla do complexo de vira-latas com ufanismo irracional.

É engraçado, por exemplo, ver um jornalista esportivo, que lida com conteúdo, defender a ida de Neymar para o exterior. O que deseja este cidadão? Trabalhar num mundo pior e sem beleza? Dirigentes, empresários, que defendam seus interesses. Nós, meros mortais, representantes do típico cidadão-consumidor-eleitor, nada temos a ganhar com isso. Mas é assim. Parece que para muita gente, se o Neymar não brilhar na Europa, não vale muita coisa. Lá será respeitado.

Recebi a informação de que Ricardo Castilho, diretor da "Prazeres da Mesa" e expert em vinhos, está em Madri para participar do júri do Bacchus, principal concurso internacional, num grupo seleto de especialistas que elegerá os melhores vinhos do mundo. Dias atrás, o chef Alex Atala, glória da gastronomia nacional, foi o primeiro brasileiro convidado a ser presidente de honra do evento gastronômico mais prestigiado do mundo, o Bocuse d'Or, considerado o "Oscar" do ramo, em Bruxelas, na Bélgica. O Bocuse d'Or reúne profissionais do mundo inteiro há mais de 20 anos.

Minha caixa postal vive repleta de informações sobre as conquistas do vinho brasileiro mundo afora. Crescimento das exportações. Espumantes elogiados porJancis Robinson, Julia Harding e Adam Strum, Oz Clarke, os mais renomados críticos do mundo. O anúncio da inclusão do ótimo Quinta do Seival Castas Portuguesas na lista dos vinhos oficiais da Olimpíada de Londres.

E qual a razão de tanto sucesso da enogastronomia brasileira no mundo? A sua inegável evolução qualitativa. Os vinhos são muito melhores do que nos anos 80. Foram anos de trabalho duro, investimento e pesquisa por parte dos produtores. O mesmo aconteceu com a explosão de criatividade dos chefs. Muita gente estudou fora e voltou com vontade de aplicar as técnicas aprendidas na matéria-prima brasileira.

No âmbito dos vinhos, aumentou-se a exposição a produtos de qualidade do mundo todo, e tanto produtores quanto consumidores brasileiros, escudados por um exército crescente de profissionais (sommelliers, enólogos, críticos, blogueiros, etc.), saíram ganhando e estão aptos a distinguir um vinho de qualidade como nunca antes neste país...

Futebol, vinho, gastronomia, música. Formas culturais. Nossa seleção brasileira, antes orgulho e fonte de identidade nacional, hoje não tem identificação com o torcedor, pois a maioria dos jogadores está na Europa. A música ainda resiste como um elemento cultural forte mesmo diante de todo o investimento da poderosa indústria de entretenimento anglo-americana. Apesar das várias e riquíssimas culinárias regionais, ainda nos falta uma identidade gastronômica. Ela se constroi, ainda. O mesmo ocorre com nosso vinho.

Passei o ano de 2011 escrevendo sobre minhas surpresas positivas, descobertas e esperanças no que tange ao vinho brasileiro. Em meio a elogios, sempre apontei a dificuldade concorrencial diante, principalmente, do vinho do Cone Sul. Desvantagens tributárias imensas, sendo a principal delas a substituição tributária do ICMS, quase uma taxa de importação dentro do próprio país. Um vinho de R$ 15 no Rio Grande do Sul acaba saindo quase o dobro em São Paulo, o principal mercado consumidor. Isto é perverso.

Há que se encontrar solução para estes desequilíbrios. E aí vem o nosso susto semanal. O anúncio de estudo de salvaguardas por parte do governo brasileiro, pleiteado pelo Ibravin em nome de produtores nacionais, caiu como uma bomba no meio enófilo.

Das redes sociais aos blogs e jornais, ninguém se furtou a um debate acirrado. Não é para menos. Salvaguarda pode ser muita coisa. De aumento de imposto a imposição de cotas por país. Resultado óbvio é o prejuízo ao bolso do consumidor. Ou pior: restrição à sua liberdade de escolha.

A reação foi intensa. Muitos, mais viscerais, propuseram boicote imediato ao vinho brasileiro! Importadores se posicionaram e colocaram seus argumentos. Ciro Lilla, um dos grandes responsáveis pela chegada de vinhos de qualidade ao mercado, escreveu uma carta aberta. Houve da parte de vários jornalistas questionamento aos dados apresentados sobre a possível ameaça que sofre a indústria vitivinícola nacional.

Aos poucos, algumas posições mais serenas apareceram e nota-se um intenso jogo de xadrez na frente de batalha de corações e mentes. E um importante player, a Salton, retirou seu apoio à demanda (leia aqui: Suzana Barelli:http://revistamenu.terra.com.br/2012/03/22/salton-volta-atras/).

Coloco aqui os links de alguns dos textos mais isentos e informativos:

Luiz Horta -http://www.estadao.com.br/suplementos/paladar/not_sup4898,0.shtm
Beto Gerosa- http://colunistas.ig.com.br/vinho/2012/03/22/a-salvaguarda-azedou-o-mundo-do-vinho-e-deve-aumentar-o-preco-do-importado-saiba-por-que/
Paul Medder - http://www.jancisrobinson.com/articles/a201203232.html


Salvaguardas não constituem pecados mortais. Os EUA, assim como a União Europeia, agem de maneira extremamente protecionista. São inerentes ao capitalismo a disputa e a proteção de mercados e empregos. Mas numa democracia a regra permite oposição a tais ideias. A bola está em jogo. A próxima semana será crucial, pois o Ibravin deverá encontrar blogueiros e jornalistas para explicar suas posições e, espera-se, ouvir a opinião de todos. O mercado (produtores, consumidores, profissionais da área, importadores, formadores de opinião, apaixonados por vinho em geral) precisa se entender e se unir. Sob risco de um belíssimo trabalho de imagem e posicionamento de mercado em defesa do crescimento e da qualidade do vinho brasileiro sofrer um golpe de consequências imprevisíveis.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Noemía, simplesmente o "Top Wine" da Argentina para a Wine Spectator








A edição de 15 de dezembro da revista Wine Spectator publicou a maior degustação de vinhos argentinos já realizada pela revista, com nada menos que 700 vinhos provados. Com 96 pontos, o "maravilhoso" Noemía 2009 foi apontado como o melhor vinho do país para a revista, sendo eleito o "Top Wine" da Argentina entre todos os vinhos provados. Com uma minúscula produção de pouco mais de 3.000 garrafas, o cultuado Noemía é elaborado com uvas Malbec de vinhedos plantados em 1932 e cultivados de maneira biodinâmica nas frias terras da Patagônia. Incrivelmente complexo, elegante e repleto de finesse, é um vinho capaz de envelhecer em garrafa por mais de 20 anos!




R$ 308,88

 A Bodega Noemía também elabora com uvas de outros excepcionais vinhedos na Patagônia, dois excelentes tintos de vinhedo único com base na uva Malbec: o J. Alberto – um vinho "notável" na opinião da Wine Spectator, que mereceu 92 pontos de Robert Parker na safra de 2008; e o delicioso A Lisa, apontado como "uma excelente introdução à região da Pagônia e à casta Malbec" pela Wine Spectator. Robert Parker concedeu 91 pontos para a safra 2008, descrevendo o vinho como "concentrado, sedoso, elegante e cheio de camadas de fruta".
Descubra também porque a Patagônia está sendo apontada como uma das maiores descobertas da América do Sul com os vinhos do melhor produtor da região.



R$ 121,26






R$ 87,12