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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Um pouco mais de Malbec




A Malbec é hoje uma das uvas mais famosas da atualidade, de tons negros, aromas de frutos escuros e muitos estilos atraentes de vinhos,mas nem sempre foi assim,a muito tempo atrás remontando sua historia ela o patinho feio saiu enxotada de sua terra natal (Cahors) para vir brilhar além mar,na América do sul.


Em Cahors 
era chamada de "Cot" ou "Auxerrois". Após uma explosão de fama na Argentina e outros paises, os franceses passaram a chamá-la de Malbec.

Fala-se que o nome Malbec teve origem a partir de um produtor húngaro chamado Malbeck, que levava as uvas e plantas desta cepa para vendê-las em Bordeaux.

Nessa época o vinho originado da uva Malbec era chamado de "Vinho preto de Cahors", isso graças a cor intensa que a uva dá aos seus vinhos. Fatos históricos contam, que durante o reinado de Napoléon, Pedro o Grande curou-se de uma úlcera de estômago bebendo o tal "Vinho preto de Cahors". Muito feliz com isso, ele ordenou que essa uva fosse levada e plantada na península de Crimea, junto com outras variedades como Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc.Talvez iniciando se ai sua difusão para o mundo,essa é uma das inúmeras histórias relacionadas a essa cepa.



AOC Cahors

Cahors é a região onde existe o centro de produção mais antigo dessa cepa e possui uma lei específica para produção de vinhos originados dela, conhecida como a lei de Cahors AOC, (Apelação de Origem Controlada). Nesta apelação, as vinícolas devem utilizar uma quantidade mínima de 70% de Malbec e os outros 30% de Merlot ou Tannat permitidas pela lei local.


Malbec pelo mundo 

Nos dias atuais não é só na Argentina que podemos encontrar vinhos Malbec, a França, Crímea, Itália, Geórgia, Austrália, Hungria, África do Sul, Chile, EUA e até o Brasil também cultivam essa cepa.

As condições de clima e solo ideais para a produção de Malbec

O clima desértico continental da Argentina, com seus solos secos e pobres, suas intensas horas de sol, baixa umidade, terras de elevada altitude, com constantes ventos para refrescar e manter a sanidade dos frutos, contribuíram para o total desenvolvimento da Malbec por lá, pois só nessas condições a uva atinge seu ápice. Em locais com influência marítima como Chile e Califórnia podem até atrapalhar o desenvolvimento dessa cepa, porém cultivam bons exemplares.

Desde 2005, o Governo Nacional da Argentina aprovou a lei que cria a primeira Denominação de Origem Controlada da América do Sul para essa uva, trata-se do Lujan de Cuyo DOC (Denominação de Origem Controlada), com mais de 6,000 Has de Malbec. Essa iniciativa que já tinha sido criada em 1999, por algumas vinícolas famosas da Argentina, tais como Nieto Senetiner e Luigi Bosca.

Por essas e muitas outras, a Malbec se tornou a uva emblemática da Argentina, a uva mais plantada, valorizada e exportada do país, para todo o mundo.

As características organolépticas desta cepa

Seus vinhos costumam apresentar aromas de ameixa, tâmara secas,cereja em compota,Cassis, mentol ,notas florais e, além do perfume, são densos e escuros. Com taninos menos potentes que os da Cabernet Sauvignon e Syrah, por exemplo, a uva tem boa acidez e pode ganhar complexidade se amadurecida em carvalho. Apesar de os melhores vinhos apresentarem potencial de envelhecimento por vários anos, a Malbec fica pronta para consumo mais rapidamente que outras cepas, deixando a critério do degustador envelhece la ou não.

Como destacado também sobre as outras uvas, a Malbec tem características distintas de país para país onde é cultivada:



Na Argentina, a Malbec tem a maior superfície entre as uvas finas tintas, ultrapassando a clássica Cabernet Sauvignon. Os vários Terroirs argentinos oferecem vários estilos e as principais áreas produtoras são Mendonza, Salta, San Juan e Patagônia. Em Mendonza, o vinho é estruturado e pleno, com sabor vivo e taninos maduros. Salta e San Juan originam vinhos de bom corpo, porém menos estruturados que os mendoncinos. Da região da Patagônia têm origem os vinhos mais moderados, de aromas condimentados, notas florais e de pimenta seca, embora o aroma de fruta madura seja o que mais se sobressai.



Na região Francesa de Cahors é denominada Cot. Os vinhos da região são encorpados e densos, com amadurecimento obrigatório em madeira. Com bom potencial de envelhecimento, podem evoluir por mais de 15 anos em garrafa.



No Chile, onde muitos acreditam não haver o cultivo da uva Malbec, ela origina vinhos mais encorpados, ácidos e taninosos que os argentinos. Os vinhos são geralmente loteados com Cabernet Sauvignon, Carménère ou Syrah.







Saúde e Muitos Goles!!!

TASTEVIN SAVENNIÈRES COULEE DE SERRANT 2005 1° PARTE



Muitas vezes ouvi falar em degustações ou roda de bebedores de vinhos deste fenômeno que é o vinho branco top do produtor Joly no Vale do Loire, o Coulée de Serrant,Joly diz que esse seu vinho (branco) atinge o ápice gustativo depois de 03a 05) dias de aberto. O jornalista de vinhos do Estado de São Paulo, Luiz Horta, fez esse TasteVin e publicou no caderno Paladar de 09/09/10.VEREMOS!!!


Nosso cliente aqui da Decanter Londrina também o fez e disse que o vinho estava mesmo espetacular e não saberia degustalo novamente se não desta forma,acho que após esta conversa do fim semana passado despertamos nele  o desejo de repetir o feito e ele acabou de trazer e abrir aqui no caixa da loja um 2005 (nada como bons amigos no portfólio, Rss) pois bem degustamos uma humilde taça ISO para não ficar desfalcado para sábado próximo.Posso dizer que é um vinho  de adoração no olfativo é de um abacaxi desidratado  escoltado por notas minerais elegantes,mel,parafina,flores brancas murchas e doce de marmelo,na boca é sem exagero um chute do Anderson Silva,potente,cheio,largo,carnoso,com acidez magnifica e final de boca amplo com mel e pera cozida em calda.

Vamos aguardar agora a segunda parte do TasteVin um Grande abraço a todos ,Sommelier Daniel Santos