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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Grupo Fasano prepara empreendimento em Punta del Este


POR BRUNO ASTUTO
Rio - O futuro parece ensolarado para a rede de hotéis e restaurantes Fasano, a começar pela inauguração do novo empreendimento, o Hotel Las Piedras, em Punta del Este, que já tem data marcada para receber os primeiros hóspedes: o próximo Réveillon.

 A clientela ocupará, a partir de 26 de dezembro, os 30 bangalôs projetados pelo arquiteto Isay Wainfeld na antiga propriedade de Martin Braun, de 480 hectares, onde outrora os jet-setters se encontravam para veranear no balneário uruguaio. Antes disso, alguns poucos eleitos conhecerão a nova pérola de Rogério Fasano, que também terá um spa dabela Renata de Abreu, em regime de soft opening. E as imagens desse novo tesouro do Cone Sul vocês veem antes de todo mundo aqui, claro. 

Isso sem contar o hotel de Salvador, que ocupará a sede histórica do jornal ‘A Tarde’, em plena Praça Castro Alves, cujas obras começam em janeiro, e a Fazenda Boa Vista, no interior de São Paulo, cujos últimos lotes vêm sendo disputados a tapa pelos endinheirados de todo o País. Quem chegou primeiro abocanhou as terras vizinhas ao outro Hotel Fasano que abrirá as portas na propriedade.

A coluna também teve acesso ao secretíssimo projeto de Trancoso, mais um hotel do grupo no famoso balneário baiano. As obras, que devem levar dois anos, começam em março, a 1,5 km do Quadrado, perto da Pororoca. Em parceria com a Itacaré Partners e o espanhol Prima Grupo, o terreno terá 40 bangalôs de madeirinhas pintadas de branco também assinados por Isay.
Natureza e luxo no novo hotel do grupo Fasano, o Las Piedras, em Punta del Este
A expansão do grupo, que atualmente tem dois hotéis, nove restaurantes e dois bares, também contempla a parte gastronômica. No dia 16, Rogério inaugura seu primeiro restaurante em Brasília, o Gero, no Shopping Iguatemi. 

Em 2011, virão o Parigi Bistrô, no Shopping Cidade Jardim, em Sampa, o Gero Caffè, em frente à Praia do Pepê, no Rio — as obras começaram semana passada, com previsão de abertura para abril —, uma sanduicheria com receitas mais jovens, o Gero Panini, e um restaurante-conceito guardado a sete chaves pelo empresário.

Mas vou contar para vocês a novidade mais quente, que vem sendo tratada como “projeto secreto” pela construtora JHFS, sócia do empreendimento. A mítica casa que já abrigou o restaurante Fasano, na Rua Haddock Lobo, em Sampa, será demolida para dar lugar a um shopping de luxo com a grife Cidade Jardim. O mall será conectado ao hotel, que ganhará um anexo, que por sua vez se estenderá até a paralela Rua Bela Cintra. 

A extensão do Fasano de Sampa é briga antiga; os atuais 64 quartos não dão conta da demanda. O anexo terá uma piscina e, possivelmente, um lounge mais bombado, nos moldes do Londra carioca. A notícia vem coroar uma semana de boas novas para Rogério; o Fasano foi eleito pela ‘Condé Nast Traveller’, a bíblia das revistas de viagem, o melhor hotel da América Latina e o 14º de todo o mundo — nada mais, nada além

Wine is the new liquid currency


Every dark cloud has a silver lining. Similarly, the economic slowdown taught us a few valuable lessons. First: diversification in your investment portfolio is critical. Second: low volatility is actually hard to find. Third: any asset that ticks the previous two boxes generally has unexciting returns. True? 

Think again. 

There is one asset though, which is an exception. It has a low correlation to the standard trifecta of equities, debt and gold, it’s proven to be recession-proof and the returns are often spectacular. Ladies and gentlemen, raise a toast to fine wine. 

Fine wines have been in production for centuries and actively traded for the last 400 years. Christie’s had its first fine wine auction in 1776. Last year there were more than 200 such auctions netting over $200 million. The fine wine market itself is worth $2-3 billion annually. There is even a global electronic exchange (www.Liv-ex.com) accounting for 80% of trades that is quoted on Bloomberg daily. 

Only 1% of the world’s wines are investible. Such fine wines last between 50-100 years getting better over time, are from the top Chateaux in the world, are made in tiny quantities. They are highly sought after and have exceptionally high ratings from industry reviewers (similar to Standard and Poor’s or Moody’s ratings!). 90% of these fine wines originate from Bordeaux, and are primarily red wine. 

Several economic studies (Mahesh Kumar’s the most famous, Masset & Weisskopf the most recent) have shown that over the last 30 years an investment in fine wines outperformed equities, bonds and even gold and survived every recession. In no three-year rolling period has fine wine ever lost money. The correlation between wine and equities is less than 0.03 ie negligible, making it the perfect portfolio hedge. Also, the volatility in the return profile is far lower than traditional assets. 

Let’s take some examples. In the five-year period to June this year, an investment in the top fine wines yielded 29% per annum. A similar investment in the Sensex would have returned 18% and in the NASDAQ less than 1% per annum. 

If we factor out the recent bullish recovery, the facts are more startling. In the two-year period January 2007-2009, taking the worst of the sub-prime, an investment in the BSE would have lost 18% per annum and the NASDAQ would have lost 23% per annum. In this same period an investment in the top fine wines still yielded 10% per annum. 

So why are these returns so high? It is well known that the best wines in the world are rare luxury collectibles. Lafite Rothschild, Latour, Petrus, Margaux, Mouton Rothschild and Haut-Brion are some of the most famous examples. These are the Maybachs and Hussains of the wine world. They are produced in very limited quantities, production being restricted by law and terrain. Chateau Latour only produced 9,600 cases of wine in the 2003 vintage. The demand on the other hand is global and growing. The fine wine market was traditionally dominated by the European, American and Japanese markets. In the last 10 years however Russia, Eastern Europe, Asia and now, spectacularly, the Chinese have caught on. China alone now accounts for over 30% of the fine wine market. In a two-day auction in Hong Kong this spring, $19.5 million worth of fine wine was purchased. 



All this has resulted in an inverse supple curve and remarkable price appreciation. But the real reason for fine wine’s success as an investment can be summed up in one word: consumption. Fine wine is the only investible asset that is consumed daily and this is the main driver of dwindling supplies and rising prices. Imagine the effect on the prices of Picasso’s paintings if one painting was burnt every year. 

So why isn’t every one doing this? The simple answer is: access and process. You have to know what wine to buy, at what price and in what condition. A premier wine that has been lying at the back of your car (and probably now tastes like acid!) will have a very different value to one bought straight from a Chateaux cellar. 

Finding wines from the premier Chateaux which make wine in such limited quantities isn’t easy either. And even if you do have the relationships and network to find the right wine at the right price what then? Wine is a consumable and therefore needs to be stored in the right conditions (humidity and temperature controlled), and insured. All this can be daunting for investors who are new to the market. 

Fortunately help is at hand. There are a number of wine advisory firms globally that are helping wine-lovers and sophisticated investors alike to enjoy the fruits, both physical and financial of this fascinating world. Funds exist too but of course in recent years a fund has become somewhat of a four-letter word, investors being rightly wary of five-year lock-ins, high fees and crucially no direct access to the underlying stock. 

The key is to find an advisor who has both the right network and is independent ie is not pushing their own inventory, willing to create your own private portfolio and also help you manage the process from start to finish, ideally taking care of the storage and insurance for you as well. 

And the best bit? You can always drink it! According to recent medical reports, it may even be good for you... 

The writers, Ayesha Chenoy and Ishaan Ahuja, are the founders of .Drayton Capital, India’s first Fine Wine collection and investment advisory firm.

Portugal,a tradição da pisa à pé e o diferencial dos vinhos de Quintas.

O que se deve procurar num vinho artesanal,
tradicionalmente apelidado como “Vinho de Quinta”?

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Para se encontrar uma resposta deve-se visitar uma boa adega tradicional, que produza vinhos de qualidade numa das várias quintas portuguesas do Dão ou do Douro.
Nestas, a apanha das uvas continua a ser trabalho de mulheres. Mãos experientes e de gestos macios, escolhem, cortam, acariciam e acomodam as uvas em caixas de plástico, transportadas por homens se o espaço entre vinhas for estreito, ou por tractores, nas vinhas mais recentes e melhor planeadas. Cada caixa comporta entre de 15 a 25 kg de uva. O transporte até à adega é feito com todo o cuidado. Uvas maceradas podem originar um início de fermentação antes da chegada à adega, o que não desejável de forma alguma.
  
Vinificação à moda antiga
Numa adega tradicional de vinhos de qualidade – Vinhos de Quinta - parte das técnicas e equipamentos usados são muito recentes e inovadores, acompanhando os processos artesanais usados com arte e sabedoria.
As uvas são escolhidas durante a pré-vindima (monda) e posteriormente na própria vindima. Cada cacho de uvas que não esteja de acordo com os padrões de um vinho de qualidade deve ser abandonado no campo. Depois destas duas selecções junto à própria videira, a fruta chega à adega com a qualidade necessária para o processo de vinificação. Se não for esse o caso deve-se anteceder todo o processo de adega com uma esteira de escolha manual. Apenas uvas de qualidade superior e teor de açúcar adequado poderão servir para produzir um bom vinho. A restante fruta não é utilizada.
Inicia-se o processo despejando as uvas no desengaçador / esmagador, obtendo-se uma mistura de películas e mosto que é bombeada para o lagar, tradicionalmente de granito nas Quintas do Dão. Se o calor aperta, junta-se gelo seco ao processo para que a fermentação ocorra à temperatura ideal para a fermentação. No final do processo de arrefecimento todo o gelo seco desapareceu convertido num gás inerte que se espalha na atmosfera.
 
O vinho branco não se pisa
No centro do lagar está colocada uma prensa hidráulica com uma rosca sem fim. Todo o cuidado é pouco com os materiais que são usados. A uva deve-se espremer e não ser moída. Da uva branca – ou da uva tinta no caso dos “rosés” – extrai-se desta forma o sumo doce e suave que será matéria prima para brancos elegantes, refrescantes e finos. “Raladores” – filtros de malha grossa – filtram a película e grainha que cai da prensa para o lagar junto com futuro vinho. Após uma dupla filtragem, o sumo é bombeado para a cuba de fermentação, para uma vinificação a frio.
 
Então e a “pisa a pé”?   .
O processo de “pisa a pé” serve essencialmente o propósito de favorecer a transferência dos taninos e parte corante da película para o mosto de uva que originará o vinho. Em vinhos brancos e roses não é necessária essa coloração, portanto.... o vinho branco não se pisa.
E já agora... o vinho rosé também não. Este tipo de vinho fica sempre com um tom levemente rosado porque é feito com uvas tintas, mas com o processo de vinificação de um vinho branco. Durante o espremer da fruta, alguns taninos da película das uvas são transferidos para o mosto, que adquire então o tom rosado característico.
 
Mas o tinto pisa-se durante 4 ou 5 dias           .
Um homem espalha as massas vínicas pelo lagar. Há que garantir que durante todo o processo de pisa-a-pé, o mosto apresenta uma textura e um comportamento homogéneo. Quanto mais taninos se transferirem da película, mais "tinto" o vinho fica. Desta forma conseguem-se vinhos encorpados e taninosos, tão do agrado dos vertadeiros apreciadores de um bom tinto.
À noite é feito o "corte de lagar" (a primeira pisa). A regra é um homem por cada tonelada de fruta. Dependendo do tamanho do lagar, são precisos de 2 a 20 homens para fazer um lagar sem deixar “morrer a fervura”, ou seja sem interromper a fermentação.
Um lagar normal comporta de 3 a 4 homens (ou mulheres).
Durante os dias da fermentação fazem-se outras pisas para "baixar a manta" e permitir homogeneizar as massas (incluindo leveduras, extracção de outros constituintes, como cor e aroma). Na realidade a pele da uva bóia no sumo e a grainha afunda. O processo parece um constante pisar de cima para baixo para apenas misturar a pele no líquido. Um pé descalço é suave o suficiente para não esmagar a semente, e através do tacto intui-se a direcção a tomar – sempre para onde o mosto estiver mais frio e a manta de película flutuante, mais grossa.
No final da fermentação de lagar, a parte líquida vai para cubas de armazenamento, em cerâmica ou aço inox. Madeira de carvalho pode ser usada, mas normalmente apenas para “enriquecer” o vinho com outros tipos de aromas ou para acelerar artificialmente o processo de envelhecimento do vinho. Quem gostar de aromas florais, ou de aromas frutados de frutos negros ou vermelhos bem maduros, e com toques de compota após o vinho “abrir” no copo, não precisa dos estágios em barricas de carvalho.
A parte sólida (películas e grainhas) podem dar origem às aguardentes usadas em bebidas destiladas.
Tratando-se de Vinho do Porto, a fermentação é interrompida num momento previamente escolhido (em função do grau de doçura desejado para o vinho), e é adicionada aguardente vínica ao mosto, em simultâneo com a trasfega para as cubas.
 
Como reconhecer os bons vinhos?
O precioso néctar divino que nos inebria, mas que nos obriga a pisar uva durante dias e noites inteiras, merece ser devidamente trabalhado e protegido... e dá trabalho que se farta... palavra de honra.
O Dão é a região dos vinhos complexos e como tal orna todos os vinhos oficialmente reconhecidos  (vinhos DOC ou seja de denominação de origem controlada) como estando à altura dos padrões da região.
Para os brancos atente-se à casta rainha: o Encruzado, mas temperado com Cerceal, Arinto e Bical. É assim que se faz um Branco quase seco, mas vigoroso, fresco e de acidez controlada, para nos refrescar e encantar com o seu bouquet frutado e verde.
No caso dos tintos exija sempre o domínio da casta Touriga Nacional que é uma uva da família da Vitis Vinifera originária de Portugal.
Entre as tintas é a casta mais nobre. É a rainha das uvas portuguesas e que pelas suas qualidades para a vinificação, começa a ocupar cada vez mais espaço nas produções Europeias, Australianas e Californianas. Em Portugal, é plantada desde o Douro até ao Alentejo, mas é no planalto do Dão que se revela em toda a sua plenitude.
O cacho, pequeno e alongado, possui bagos diminutos, arredondados, de tamanho não uniforme, com a epiderme negra-azul revestida de forte pruína; a polpa é rija, não corada, suculenta e de sabor peculiar. Apresenta uma maturação média e a produção pode ser algo heterogénea. Normalmente apresenta volumes algo inferiores aos da casta Tinta Roriz / Aragonês / Tempranilho e bastantes inferiores às castas Jaen e Alfrocheiro, sendo estas as três castas a que normalmente é associada para a produção de vinhos multivarietais. Quando usada numa percentagem conveniente, obtêm-se vinhos com bom teor alcoólico, com aromas intensos e de elevada complexidade, encorpados, com taninos nobres e susceptíveis de longo envelhecimento.
Casa particularmente bem com pequenas quantidades da casta  Alfrocheiro para obter um bouquet ainda mais fino e uma longevidade superior.
Os tintos do Dão, enquanto novos, estão “em bruto”. Depois de dois ou mais anos a dormir nas cubas e a descansar nas garrafas, estão prontos para o grande salto do consumo. Debaixo dos emblemas D.O.C. (Denominação de Origem Controlada) e Reserva (2 anos de estágio em cuba e/ou garrafa) ou Garrafeira (3 anos de estágio dos quais um obrigatório em garrafa) espantam meio mundo que os prova.
 
 
O acabamento do produto   .
E depois há a rolha.... de cortiça bem portuguesa e de boa qualidade.Há que vedar estas garrafas por uma dúzia de anos pelo menos.
A garrafa tem "pescoço" longo e elegante para segurar rolhas de calibre longo. A côr é um fumado castanho pois a luz não é bem vinda.
Menos do que este padrão não serve aos apreciadores da arte do vinho que se pratica na Quinta Mendes Pereira.