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terça-feira, 28 de setembro de 2010

O QUE DIFERE O CARVALHO FRANCÊS DO AMERICANO ? VEJA!



O vinho de certa forma é uma obra de arte e como todo artista devido as suas pretensões e  sentimentos expressa isto na sua arte final, o enólogo faz o mesmo com o carvalho e o mosto fermentado, o carvalho é usado para arredondar o vinho, para trazer aromas e novos sabores, para micro oxigenar o vinho, para dar mais longevidade devido os seus taninos presentes e para muitas outras opções do artista no caso o enólogo.
A confecção da barrica requer uma madeira de altíssima qualidade e bem seca, o período ideal de secagem é a de três anos ou mais, ao ar livre. A barrica é tostada  por dentro de forma lenta, aspecto muito importante.

São usadas três formas de tostagem:

1) se mais queimada, o vinho terá um “bouquet” de tostado, lácteo, coco queimado, baunilha e caramelo,      bem assim poderá se tornar mais complexo.
2) a queimada leve poderá dar origem a vinhos mais frutados, porém mais “redondos”
3) a queimada ideal é a média.

Os grandes vinhos têm a presença do carvalho também nas rolhas de cortiça. A cortiça é extraída do sobreiro (“chêne-liège”), árvore da família do carvalho.
Em países do “Novo Mundo” (Argentina, EUA, Chile, Austrália, Nova Zelândia)infelizmente alguns produtores nada sérios vem colocando no lugar do carvalho o não tão divulgado “no rótulo de jeito nenhum” (CHIPS) nada mais que lascas de carvalho muitas vezes de barricas já muito usadas ou pior ainda pó de serragem que após filtrados nada sobra no vinho, gerando vinhos bem amadeirados uma enganação ao consumidores que estão iniciando no vinho, pois acham que encontraram um vinho de boa qualidade por tem madeira bem perceptível.
A técnica de agregar lascas de carvalho tem outra grande vantagem para a vinícola, ou seja, esconde a falta de qualidade, de concentração e de maturidade das uvas. Uma das principais condições para produzir um grande vinho é colher uvas maduras e sadias.
Na França, apenas para os “vins de pays”, a categoria mais inexpressiva dos vinhos franceses, legislação que policia os vinicultores permite o uso destas lascas. A utilização de lascas em seus vinhos, segundo os franceses, poderá transformar a bebida também num vinho-padrão, de gosto uniforme, “como se fosse Coca-Cola” globalizado, com tendência a ser um produto industrial.
Além do sistema de lascas, começa a ser desenvolvida a técnica de colocar tábuas (evidentemente de carvalho), “staves” em inglês ou “douelles” em francês. As tábuas, de 1 metro por 5 centímetros, com 0,7 milímetros de espessura, são queimadas de forma similar às barricas (leves, médias ou fortes).
Qualitativamente, o vinho elaborado com lascas ou tábuas não chegará nunca perto daquele criado em barricas. Pois terá uma vida curta por não ter sofrido micro oxogenação, uma vez aberta a garrafa. Como a bebida “morre” rapidamente, isso mesmo ali na mesa, então é abrir e consumi-lo em até 50 minutos antes que notas de oxidação comecem a aparecer. Já o vinho criado em barricas, uma vez aberta a garrafa, comporta-se diferente. Ele cresce em sabor e em “bouquet”, ficando cada vez mais complexo e durando horas no decanter.


DIFERENÇAS ENTRE CARVALHO AMERICANO E CARVALHO FRANÇÊS

Carvalho Françês
1° o preço. O carvalho francês custa o dobro. Mas e por quê? Simples. Como o carvalho francês não é serrado utiliza-se somente 15% para a tanoaria, isto é, para a feitura dos tonéis. Já o carvalho americano mais de 50%.
2° como não há como serrar a madeira preserva sua integridade, inclusive com o sumo interno que será, aos poucos, absorvido pelo vinho, nos diversos usos.
Carvalho Francês
3° Além do que o carvalho francês tem um crescimento linear o ano inteiro, sendo assim se torna linearmente mais poroso, podendo haver mais contanto com o oxigênio, além da maior absorção de seus taninos e aromas pelo vinho.
4° Por último dependendo da região em que foi plantado, as principais na França são Limousin, Allier, Nevers e Vosges. Mais importante ainda, cada uma destas florestas passam ao vinho aromas diferentes, café, torrado, defumado, manteiga, pois possuem madeira com características distintas.


  Já ao carvalho americano é igual, coco e baunilha.
Carvalho Americano





Portanto, os tonéis de carvalho francês são os mais apreciados, e, também, mais caros, obtendo vinhos de maior complexidade e aromas.
Normalmente o carvalho americano é  mais utilizado em vinhos jovens e o francês para os vinhos que vão para a guarda.

8 comentários:

  1. EXCELENTE ESSA REPORTAGEM, SÓ NÃO CONSIGO COPIAR E COLAR ELA PARA GUARDAR EM MEUS ARQUIVOS....

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  2. Informação de altíssima qualidade . Continuação do bom trabalho

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  3. Os benefícios do carvalho em vinificação

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  4. A utilização do carvalho em vinificação

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  5. Carvalho... francês... e não françês!!

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  6. excelente explicação, muito explícita para quêm gosta e quer obter informações sobre o Vinho. parabéns escanção António Sousa.��������

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