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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Brasil Na Wine Spectator




“Brasil, mais do que samba, futebol e sol”. Esta é manchete de um suplemento de duas páginas sobre os vinhos brasileiros na revista norte-americana Wine Spectator, uma das mais prestigiadas publicações de vinhos do mundo, que chegou às bancas neste final de semana nos Estados Unidos. “É a primeira vez que os vinhos do Brasil recebem este destaque na Wine Spectator”, afirma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. “O consumidor norte-americano e mundial leva muito em conta o que sai nesta revista”, comenta Andreia.

O suplemento revela que os consumidores podem esperar dos vinhos brasileiros o sabor de frutas frescas, leveza, a presença moderada de álcool e a vocação gastronômica. “Os vinhos espumantes, em particular, são tão empolgantes como Carnaval, merecendo elogios de críticos internacionais”, diz a revista, reproduzindo um depoimento em especial: “Os espumantes brasileiros são de alta qualidade, frequentemente surrealistas e complexos, especialmente pelo seu baixo preço”, diz Goldstein Evan, Master Sommelier norte-americano.
Wine Spectator ainda destaca a produção de vinhos das uvas como Merlot, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e Chardonnay, além das exóticas Egiodola e Marcelan. “Os vinhos brasileiros são refrescantes e surpreendentes”, descreve na publicação, ressaltando os grandes investimentos em pesquisa e tecnologia, que transformaram a produção nacional nos últimos anos. “O Brasil está produzindo o melhor vinho da sua história”.

A revista ainda destaca a promoção do projeto Wines of Brasil junto às churrascarias brasileiras nos Estados Unidos, enumerando os endereços onde é possível “experimentar o verdadeiro sabor da paixão do Brasil por comida e vinho.” São citadas cinco redes de churrascarias brasileiras na terra do Tio Sam: Chima Brazilian Steakhouse (http://www.chimasteakhouse.com/); Churrascaria Plataforma (http://www.plataformaonline.com/); Churrascaria Tribeca (http://www.churrascariatribeca.com/); Fogo de Chão (http://www.fogo.com/); Texas de Brazil (http://www.texasdebrazil.com/).

Fonte: Assessoria de Imprensa da IBRAVIN.

In Vino Veritas!

Gustavo Kauffman (GK)

Churrasco com vinho,um vinho para cada carne.



Certa vez quis fazer um churrasco aqui em casa usando de bebidas apenas vinhos, mas se assim como eu você tem amigos ainda resistentes à bebida ou que preferem uma geladinha o ideal é fazer que tudo de certo, pelo menos a parte que bebe vinho faça algo como ter 3 tipos de corpo para ir intercalando entre diferente tipos de carne.

O vinho durante as refeições além de ser prazeroso,  digere muito mais facilmente a comida.

É o que mostra um estudo realizado por pesquisadores alemães, publicado no jornal “Gol”, que relaciona a ingestão da bebida alcoólica com o aceleramento do esvaziamento no estômago.
Os elementos contidos no vinho estimulam a liberação de ácido gástrico. Em sua maioria elas são produzidas durante o processo de fermentação e removidas durante a destilação.
A pesquisa diz que a combinação vinho tinto e carne vermelha são perfeita. A proteína suaviza os taninas do vinho e o tinto ajuda a contrabalancear substâncias potencialmente prejudiciais, as gorduras oxidadas chamadas de MDA, ou malonaldeídos, liberadas quando a carne é ingerida. Uma porção de carne vermelha pode elevar essa gordura no organismo, mas combinada com uma taça de vinho, o aumento de MDA inibe a sua produção e facilita a digestão.
Segundo estudos, a digestão acompanhada da bebida descarrega uma quantidade maior de biles no início do intestino delgado. A bebida também favorece a digestão de carboidratos e ajuda a prevenir o desenvolvimento de úlceras pépticas (lesão no estômago ou duodeno).

Já a cervejinha da aquela estufada e é um tanto quanto incomoda ao te levar ao banheiro em pequenos intervalos, depois de todos estes argumentos digamos que você esteja convencido a convencer os amigos também e irão planejar tão churrasco que carne vai com que vinho?
quando se faz qualquer combinação entre comida e vinho, como já dissemos aqui mas é sempre valido lembrar, a intenção é casar os dois o melhor possível sem que nada ressalte e tome a cena, e ainda costumo sempre levar em conta que  em churrascos as notas tostadas e minerais que o carvão e a alta temperatura transmitem a carne.
Você pode colocar um vinho à altura para não perder para a brasa ou como eu gosto de fazer usar vinhos mais minerais para equilibrar e ressaltar o sabor do seu lazer à churrasqueira.

 Vamos lá então para melhor parte:


Frutos do Mar

Frutos do Mar, quem não gosta de uma   lagosta partida ao meio  virada à brasa que como todo fruto do mar pede vinhos frescos e cítricos, fique a vontade com sauvignon blanc, Gewusztraminer, Chardonnays sem madeira e outros brancos com boa fruta cítrica e alta acidez.




Peixes Leves

Peixes leves na grelha, como pescada, Namorado, Tilapia, Dourado.....pedem vinhos médio corpo e minerais com boa fruta e até certa madeira, como por exemplo Gewusztraminer ou Pouilly fumé.

Peixes Encorpados

Peixes como anchova, Pintado, Pacu, Salmão.....precisam além de certos brancos encorpados, para estes sabores marcantes, vinhos com alta acidez, corpo e ligeira  passagem em barrica de carvalho. Alguns rosés de bonarda e syran não tão frutados e com boa acidez resolvem bem também.

Carnes de Frango

O franguinho grelhado nunca pode faltar, e é muito fácil de escolher o vinho, por ser uma carne neutra, só depende de você mesmo se for direto à brasa escolha um vinho branco com bom corpo como os chardonnays e gewusrztraminers, agora se você for fazer um crostine de molho de tomate ou outro molho antes de levar à brasa, agora  escolha um vinho a altura do sabor final, tipo chiante ou vinhos de médio corpo frutados e jovens.


Carne Suína

E que tal a costelinha de porco? Tem sabor marcante textura firme e logo pede um vinho de certo caráter pronunciado mas não tão pesado, escolha um syrah novo mundo sem muita madeira, vinhos do Rhonê são uma bela escolha ou até mesmo pinot noir Tanto Borgonha jovem ou um Pinot novo mundo casa bem também, mas fique atento costelinha de porco só grelhada sem o limão espremido afinal com limão só cachaça mesmo.
Carnes vermelhas





ACÉM

Também conhecido como agulha, lombo de agulha, alcatrinha, lombo de acém, lombinho de acém e tirante. Pode, ainda, ser chamado de aguja (espanhol), basses côtes (francês) ou chuck (inglês).É o pedaço maior e mais macio do dianteiro do boi, sendo uma carne relativamente magra  que por sua vez pede vinho joven frutado como cabernet sauvignon,merlot,tempranillo reserva,vinhos alegres de boa cidez e frutados.


COSTELA  DE TIRA

Também conhecida como costela do dianteiro, ripa de costela e assado. Carne um pouco mais seca do que a costela ponta de agulha ou costela minga. Pode ainda ser chamada de asado ou asado de tira (espanhol), plat-de-côtes (francês) ou short ribs (inglês).apesar de ser um pouco mais magra que as ponta de agulha leve em consideração sua alta gordura use vinho jovens e de boa acidez e corpo robusto, como cabernet chileno de bom produtor ou um belo Tannat reserva para segurar o sabor da carne e ainda cortar um pouco sua gordura com seus bons taninos.
A costela é o corte com maior variedade de sabores, texturas e aromas.





COSTELA PONTA DE AGULHA OU COSTELA MINGA

Fica muito bem em assados. É considerada a ´rainha das churrasqueiras´, sendo uma carne muito saborosa para churrasco. Deve ser cozida por tempo longo, distante do braseiro, para amaciar suas fibras. Depois disso é levada para dourar onde recebe mais sabor via brasa, esta carne sim pode se exagerar em vinhos do novo mundo com bom teor alcoólico mas equilibrado, corpo exuberante e taninos de boa qualidade.
vinhos ideais tintos do Dão, Tannats uruguaios, Cabernets Chilenos ou um Belo Zinfandel cheio de frutas em compota e alta acidez para tanta gordura, fica ótimo.


MAMINHA

muito usada por sua textura macia e por ser magra e saudável mas mesmo assim saborosa, vinhos frutados e jovens resolvem bem andando sempre junto com a carne.




PICANHA

A verdadeira estrela, pode faltar até o carvão mas a picanha nunca será esquecida, de sabor único, textura media a firme, suculenta e bem gordurosa, é muito harmonizada em churrascarias, parrilhas e restaurantes com Malbec por ser intenso, rico em aromas e sabores e conter além de bom corpo uma acidez natural e essencial para este corte, mas você pode usar também um belo Cabernet chileno ou um bom Rioja Crianza.


CARNES DE CAÇA

Javali

Com elevado valor energético, a sua carne - mais escura do que a do porco - é tenra e possui um sabor delicado. Presta-se a um excelente assado.
Borgogna ou pinot Noir Reserva, casa bem e enriquece o sabor delicado da carne.


Veado

Animal de caça por excelência, existe na Europa só no estado selvagem. Carne com um gosto requintado e fina consistência. O seu gosto é bastante incaracterístico e muito próximo do da carne de vaca. A carne de veado deverá servir-se ligeiramente mal passada, de contrário fica demasiado seca, esta pede u vinho de médio corpo que não sobre saia a carne tempranillo novo mundo, pinot noir e syrah.


Perdiz

A  carne, das mais delicadas, não deve ser sujeita a maturação. Altamente recomendada por ser fácil de digerir. Vinho delicado pinot noir ou chardonnay robusto.


Faisão

 A melhor maneira de preparar o faisão é assá-lo no espeto ou no forno, sendo necessário regá-lo muitas vezes dado a sua carne ser bastante seca.se regada com manteiga va de branco encorpado como chardonnay ou riesling, se regado com o próprio caldo use um Cotes du Rhonê, Barbera D'asti ou Bardolino.


Pato Bravo

A carne do pato bravo é muito fina e saborosa. A grande diferença entre ele e o pato doméstico é a virtual ausência de gordura no primeiro. Grelhado no espeto, frito (com azeitonas, ervilhas ou nabos) ou em guisado, acompanha muito bem com laranjas para disfarçar o seu gosto selvagem, ligeiramente amargo. Carne marcante e saborosa um merlot ou um corte entre merlot e malbec fica ótimo e resiste a carne intensa.


Coelho Bravo

Com um ligeiro sabor a caça, a sua carne é suculenta e prestam-se maravilhosamente para confecção de recheios, «terrines» e «patés». O seu paladar, se bem que próximo do coelho doméstico, é dificilmente usado em churrasco mas não impossível se o tentar  vá de Borgogna ou pinot noir novo mundo, fica delicado assim como carne.


Lebre

Roedor selvagem, muito semelhante ao coelho, cuja carne avermelhada e negra, tem um paladar muito acentuado a caça. A sua carne escura é mais saborosa que a carne leve dos coelhos A lebre deve ser consumida quando atinge o seu crescimento máximo, isto é, com cerca de seis meses de idade. A lebre é muito saborosa quando modificada. Pode ser consumida assada, mas geralmente aparece em forma de «páté» ou «civet».
Use  Bonarda, Syrah, Zinfandel ou primitivo, precisara de vinhos raçudos e tão marcantes quanto a carne.


se ficássemos aqui encontrando a carne e o vinho que nasceram um para o outro seria interessante mas infinitamente longo, o importante é você acertar no corpo da carne e do vinho e assim ter um belo churrasco com os amigos enófilos, saber que amanhã não tem ressaca e nem engove antes e depois, um Abraço a todos.




Saúde e Bom Apetite.






OBS: HARMONIZAÇÕES BASEADAS NO CHURRASCO TRADICIONAL,SÓ A CARNE E O SAL GROSSO,SE VOCÊ FOR USAR OUTROS TEMPEROS LEMBRE SE DE ESCOLHER UM VINHO  Á   ALTURA.



Beaune 1° Cru mineral e elétrico.

 Por Luiz Horta ,paladar

(1) O 99 estava no auge, muito fino, nariz bem cítrico; na boca, é longo, encorpado e com acidez e mineralidade encantadoras, discreto toque amargo no final, belo vinho bem evoluído. (2) O 01 foi um dos favoritos, nariz fechado e bem sério, muito mineral na boca, ótima acidez, equilíbrio impecável, uma verdadeira aula de vinho branco. (3) O 02, pouco eloquente, um pouco quente, toque de brioche no nariz, talvez da madeira ou das uvas mais maduras. O mais ácido de todos, tendendo discretamente ao desequilíbrio. O que menos me encantou. (4) O 03 é fechado no nariz, na boca tem menos expressão, talvez precise de mais tempo para se mostrar por inteiro, é muito balanceado, boa acidez, fino no corpo e de bom persistência no paladar. (5) O 04 tem fantástico toque marinho e mineral no nariz. Na boca, não desaponta a impressão olfativa; é muito mineral, com importante acidez, muito equilibrado. Belo vinho. (6) Curioso toque de caramelo em aromas predominantemente cítricos. Ainda com traços de madeira para serem integrados. Ótimo vinho para guardar.
Se existe algo difícil, é encontrar um bom vinho da Borgonha a preços pagáveis. Infelizmente, esta região tão querida pelos enófilos do mundo todo produz rótulos espetaculares, com preços ajustados a tal excelência.
Por isso foi duplamente delicioso fazer a vertical das seis safras do Beaune 1ére Cru Les Coucherias de Jean Claude Rateau. Os vinhos, alguns deles, tinham aquela eletricidade que raramente aparece na boca. Sensação tátil que senti uma única vez tomando um Montrachet do Domaine de la Romanée-Conti.
O Montrachet vale um parágrafo, sobre algo de que sempre lembro quando provo um Borgonha branco: uma anedota acontecida com o crítico Saul Galvão, que tanta falta faz. Depois do almoço, anos atrás, em que Monsieur Aubert de Villaine apresentara todos os seus vinhos do DRC, peguei uma carona com Saul. Fomos conversando animadamente, e eu, burramente, ousei um "achei o Montrachet fascinante, mas tão intenso, tão cheio de nuances, que não gostaria de beber um vinho assim todo dia". Saul parou o carro, olhou para mim com cara desafiadora e lascou: "Eu beberia!". Rimos.
O caso é que estes Rateau possuem algo em comum com o grande branco, a mesma acidez vivaz que faz a boca salivar e dá a impressão de pequenos choques na língua. Jean Claude Rateau é um exigente produtor biodinamista que seguiu a tradição familiar quando herdou dois hectares em 1979. Hoje tem 15 pequenas parcelas em 12 diferentes terroirs.

Guloseimas,mastigando vinho


Luiz Horta

 
 
 T.H. Sauvignon 09Undurraga
Bom exemplar de Sauvignon Blanc chileno, cheio de tipicidade (Mr. Man, tel. 3030-7100)
Faz parte do jargão dos degustadores de vinho (e dos wine geeks também) citar uma lista de aromas e 
 
 
  T.H. Pinot Noir 09UndurragaPinot de Novo Mundo, exuberante de frutas e acidez média (Mr. Man, tel. 3030-7100)
sabores
 frutados, como morangos, framboesas, limões e abacaxis. Foi por isso que uma empresa americana, a Jelly Bean Wine Bar , ligada à revista eletrônica de vinhos Wine X Magazine, resolveu investir na sua linha de vinífera. Não se tratam de balinhas de vinho, mas da desconstrução dos sabores primários (aqueles que são sentidos de cara) das uvas mais comuns. O editor e produtor John Thomas explica, na entrevista abaixo, o propósito da linha de balas viníferas.
O Paladar provou dois kits, o de vinhos brancos e o de tintos. Primeiro, montamos a Sauvignon Blanc (duas "doses" de manga, limão, grapefruit rosa, tangerina, pêssego e pera). A regra é colocar todas as balinhas juntas na boca, nesta proporção.
Depois de umas mastigadas, a massinha ficou mesmo com traços de Sauvignon Blanc, com um toque verdoso e aquele típico cat piss in a gooseberry bush característico. Foi inacreditável, diante do ceticismo inicial, constatar que é possível simular um gosto tão complicado quanto o dos vinhos por meio de confeitos coloridos em formato de feijões.
Partimos para um desafio maior, a Riesling da Alsácia (duas "doses" de pêssego, limão, maçã verde, melão cantalupe, grapefruit rosa e pétalas de rosa). Lida a fórmula, já deu para perceber que não ia dar certo. Pêssego é coisa de Riesling austríaco, não alsaciano. E pétalas de rosa? Traço de Gewurztraminer. Mastigadas todas juntas, deu errado. Não era bom nem parecia a bebida.
Passamos aos tintos. Nesta altura, os participantes já se divertiam com a transgressão impossível na infância: encher a boca de balas, sem culpa e sem limite.
Dos três tintos, dois foram bem, a Malbec (groselha, framboesa, cereja, ameixa e pimenta-do-reino) foi um sucesso. O caldinho resultou bem parecido com um malbecão cheio de fruta madura, com o surpreendente toque de pimenta, eleita a melhor bala individualmente, como comer pimenta recém-moída. O Pinot Noir (duas de cereja, morango, ameixa, grapefruit rosa, pétala de rosa e pimenta) é gostosinho, sem muita personalidade. O fracasso da vez foi a Sangiovese (duas de framboesa, duas de morango, cereja e amora-silvestre). Faltou a acidez que torna essa uva tão gostosa.
Mas a brincadeira não parou aí. Afinal balinhas são uma boa diversão. O teste final era compará-las com a coisa real: vinhos. Escolhemos um bom Sauvignon Blanc chileno, cheio de tipicidade do Novo Mundo, mas contido, com bons toques de grama cortada, cassis e algo de frutas tropicais no nariz. E na boca, seco, elegante e com ótimo equilíbrio e acidez. A coleção de balinhas foi um fiasco. Não deu para a saída, o que se repetiu diante de um Pinot Noir do mesmo produtor, o TH Undurraga, bem frutado e intenso, que ficou muito superior à sua versão em jelly beans. Acrescentamos acidez, com duas balas de maçã verde, nada.