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sábado, 16 de outubro de 2010

Vinho, uma paixão potiguar






O crescente interesse dos potiguares pelo vinho não é apenas moda ou algo passageiro como algumas pessoas imaginam. O aumento do consumo do vinho pelos brasileiros em geral é resultado do clima de ascensão vivido pelo país na produção da bebida. Segundo Marcelo Chianca, enófilo (amante do vinho) assumido e empresário do ramo, a partir da década de 1980, houve uma tendência mundial no consumo do vinho devido à melhora na qualidade do produto nos país produtores como Chile, Argentina, África do Sul, Uruguai, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, além da Europa e alguns países do Oriente. "Esses locais são bons produtores porque têm as quatro estações do ano bem definidas e a videira precisa disso", destacou. Para aproveitar melhor seu vinho, vale se informar um pouco sobre as características da bebida (ver quadro).

Outro fato que somou para o aumento do consumo do vinho entre brasileiros é que a partir dos anos 80 países produtores começaram a se preocupar em adaptar a bebida para exportação. Embora o Brasil seja um país em ascensão no consumo da bebida, a média brasileira é de apenas 2l de vinho por pessoa ao ano. Para Marcelo a carga tributária é um dos fatores que atrapalha o crescimento do consumo. Só para se ter uma ideia, na Europa é possível comprar uma garrafa de vinho sofisticado por aproximadamente 8 euros, o mesmo vinho no Brasil não é encontrado por menos de R$ 100.


Marcelo Chianca, enófilo e empresário do ramo, mantém uma das mais variadas adegas da cidade Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
Um dos motivos para os brasileiros preferirem a famosa cervejinha a um bom vinho é a dúvida em acertar a combinação vinho e refeição. Marcelo ensina truques simples que podem fazer a grande diferença ao servir aquele almoço ou jantar especial e escolher o vinho adequado. Uma regra simples: vinhos claros (branco ou rosê) combinam com comidas claras, por exemplo, crutáceos. Vinhos tinto devem ser servidos com refeições mais escuras, como as carnes. Nos dois exemplos os vinhos devem ser do tipo seco. "Comida não combina com vinho suave", lembra Marcelo. O essencial, segundo Marcelo, é o equilíbrio do gosto da bebida com o da comida. Os amantes da bebida apreciam vinho até como sobremesa. Nesse caso o tipo mais indicado é o salterne, conhecido também como colheita tardia ou vinho do Porto.

Erros comuns

Devido ao clima quente e à ignorância em relação ao produto, um dos erros mais cometidos pelas pessoas é colocar o vinho no freezer e servir gelado. O vinho deve ser servido em torno de 18 graus. Mas para quem não tem como medir a temperatura adequada, o ideal, de acordo com Marcelo, é resfriar o vinho na geladeira e retirar cerca de 10 minutos antes de servir. Como o vinho branco é mais ácido pode ser servido um pouco mais gelado, entre 8 e 10 graus, deve ser colocado em um balde com gelo e água logo que for retirado da geladeira. 

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