Argentinos com QI,por Luíz carlos zanoni
As escolhas feitas por doze Master of Wines, reunidos para selecionar os melhores vinhos de um país, representam, para o consumidor, um QI (Quem Indica) que deve ser levado em conta. O julgamento em questão aconteceu de fato. Foi em Mendoza, e com um detalhe: entre os doze profissionais integrantes do júri figurava o paranaense Dirceu Vianna Júnior, o único latino-americano a participar desse seleto clube de Master of Wines (são apenas 283 em todo o mundo). Já em sua quarta edição, o evento foi organizado pela Wines of Argentina, entidade mantida pelas vinícolas do país para promover seus produtos no exterior. Os juizes degustaram às cegas um total de 637 diferentes tintos e brancos.
Troféus especiais e medalhas de ouro foram atribuídos aos 50 melhores vinhos provados, a maioria deles presente no mercado brasileiro. Entre os brancos, os destaques foram o Salentein Chardonnay Reserve 2009 (R$ 61), o Doña Paula Estate Sauvignon Blanc 2009 (R$ 58) e, da casta Torrontés, uma das mais típicas do país, o Tapiz 2009 (R$ 39) e o Domínios Del Plata 2009 (R$ 41). A Domínios Del Plata, representada em nosso país pela importadora Cantu, do Paraná, teve outro rótulo incluído entre os mais bem avaliados: o Crios de Suzana Balbo Malbec Rosé (R$ 40). E medalha de ouro para um excelente vinho de sobremesa que a Bodega Famiglia Bianchi produz de uvas Semillon de colheita tardia, o Bianchi Late Harvest 2004 (R$ 80).
Os vinhos de Malbec continuam liderando em Mendoza. Somam 26 representantes no grupo dos 50 melhores. Muito bem pontuados, no estilo varietal, o Sophenia Synthesis 2008 (R$ 95), o Luigi Bosca Reserva (R$ 62), o Argento Reserva 2008 (R$ 22), o Ruca Malen 2008 (R$ 105), o O. Fournier Alfa Crux 2006 (R$ 213), o Doña Paula Los Cardos 2009 (R$ 35) e o Alto Las Hormigas 2008 (R$ 31). Na mescla com outras castas (Cabernet Sauvignon e Merlot), dois rótulos chamaram atenção, o Special Blend Reserva 2006 (R$ 211), elaborado na região da Patagônia pela Bodega Del Fin Del Mundo, e o Pulenta Estate Gran Corte 2006 (R$ 200), da vinícola mendocina Pulenta Estate.
Outros tintos destacados na seleção: Finca Las Moras Gran Shiraz 2006 (R$ 90), Família Zuccardi Q Tempranillo 2007 (R$ 43), Ruca Malen Petit Verdot 2008 (R$ 76), Luigi Bosca Reserva Merlot 2007 (R$ 65), Salentein Primus Pinot Noir 2005 (R$ 270), Bodegas Norton Reserva Cabernet Sauvignon 2007 (R$ 30) e Nieto Senetiner Reserva Limitada Bonarda 2006 (R$ 140). Os vinhos argentinos dividem, com os chilenos, a liderança no mercado brasileiro, representando, na soma de ambos, cerca de 50% do total de nossas importações. Somente no primeiro semestre deste ano as exportações das vinícolas argentinas ao Brasil renderam U$ 22 milhões, um valor que supera em 60% as cifras do mesmo período de 2009.
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