Nos países de história vinícola mais longa e tradicional, como França e Itália, o sistema de denominações de origem está muito cristalizado. É fácil provar os vinhos por regiões, sabendo claramente de que uvas e estilos se trata. Nos países do dito Novo Mundo, ainda em formação, tais fronteiras são bem menos rígidas e o conhecimento dos distintos terroirs, ainda em processo.
É o caso do Chile. Algumas regiões, como o Vale do Colchagua, Limarí e San Antonio vão definindo um perfil de clima e tipos de solo, com as castas que melhor produzem ali. Mesmo assim, é ainda complicado tratar o vinho chileno de modo tão microscópico. Nesta visão do Chile, achei mais simples escolher vinhos que têm em comum o tratamento orgânico dos vinhedos, sem me preocupar com sua origem geográfica dentro do país. O clima regular e estável chileno, com estações bem marcadas, índices pluviométricos em geral modestos, insolação intensa e poucas surpresas de um ano para o outro permitem uma extensiva agricultura orgânica.
Os vinhos provados tinham um nível de qualidade surpreendente e deliciosa variação de gosto - o que se espera na garrafa de uma paisagem não monótona, mesmo que muito previsível no clima.
Os do Clos Ouvert, curiosa aventura francesa no interior do Chile, foram o destaque. Conseguem ter a fineza de vinhos franceses com toda a exuberante fruta madura da região.
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