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sábado, 30 de outubro de 2010

Vinhos especias

Vinhos especiais nascem de vinhedos especiais, que geram uvas especiais através de um bom manejo, em anos (safras) especiais, pelas mãos de enólogos e produtores talentosos. Mas isso tudo (apenas) não torna um vinho especial. É preciso compreendê-lo diante da taça, apreciando-o na temperatura certa, oxigenando-o pelo tempo necessário, abrindo-o no seu melhor momento, com prato e as pessoas igualmente especiais.  Dentro desse contexto é possível dizer que há vinhos para se tomar de pé, considerados vinhos informais. Há vinhos para se apreciar sentado com alguma observação, visto que, de alguma forma, capturam os nossos sentidos. Há vinhos para se tomar de joelho, porque são raros e merecem alguma reverência e por fim há vinhos para se tomar de joelhos e de conta-gotas, porque são verdadeiros bálsamos para os nossos humanos e sagrados sentidos. Porque simplesmente queremos perpetuar o prazer que sentimos ao apreciá-los. Existem marcas que se consagraram ao longo do tempo, devido às altas notas alcançadas pela crítica especializada internacional. São ícones do velho e do novo mundo que representam sonhos de consumo no inconsciente coletivo da maioria dos enófilos. Muitos deles são apostas certas, de prazer garantido, desde que sejam observadas às condições ventiladas acima. Há outros com menos apelos de marketing, mas que também merecem nossa reverência. Trata-se de descobertas novas, ou mesmo de descobertas pessoais com as quais nos identificamos. Seja como for, um vinho especial deve ser guardado na memória, como lembrança de uma ocasião inesquecível, não na adega. Afinal, assim como nós humanos, os vinhos, num dado dia, também morrem e precisamos desfrutá-los em vida. 

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