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sábado, 18 de dezembro de 2010

Vinho ajuda no combate a diabetes, hipertensão e excesso de colesterol


Nas visitas aos vinhedos, descobrimos pequenos truques para proteger as plantas e os cachos de uva. Saquinhos plásticos evitam que as folhas se queimem na aplicação de fertilizantes e herbicidas. A companhia das oliveiras faz muito bem às parreiras. É que as plantas que dão azeitona crescem muito, e os vinhedos entram na competição e crescem também.

Como há rosas perto das parreiras, e não é só pela beleza das flores. É uma forma de saber se há pragas por perto. As rosas são mais sensíveis e são atacadas, primeiro. Assim, fica fácil o agricultor identificar a doença e evitar que ela se espalhe.
Esses tipos de associação são muito comuns na agricultura e também na ciência. Muitas vezes, é assim que se encontra a luz no fim do túnel.
Por exemplo, o vinho contribui para a longevidade na Serra Gaúcha? O povo da região acredita que sim, e fica fácil entender vendo a disposição da produtora de vinhos Maria Carrer, de 79 anos. Ela fica o dia inteiro na lida. Os filhos e netos se preocupam. “Ultimamente, eles não querem mais que eu trabalhe. Mas eu não consigo, eu gosto da roça”, diz. E a explicação que ela nos dá é muito simples: “eu me sinto feliz”.
O vinho está todos os dias na mesa da produtora de vinhos Maria Carrer, do enólogo Idalêncio Angheben, do enólogo Angel Antonio Mendoza e do engenheiro Ivan Carlos Regina. Não é à toa que os cientistas estão de olho no que guarda cada taça.
O pesquisador Guido Lenz, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), procurou respostas a respeito do câncer. Nos testes de laboratório, o resveratrol foi capaz de matar as células de câncer no cérebro e, ao contrário do que acontece na quimioterapia, ainda protegeu as células saudáveis. “Foi uma surpresa muito grande um composto que é tão bom com células boas ser tão mau com as células ruins”, aponta.
Em outro laboratório, agora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o professor Roberto Soares de Moura retirou o álcool do vinho. O líquido, transformado em pó, foi dado a ratinhos com pressão alta. Os animais tiveram a pressão normalizada. O resultado foi além do esperado. “Essas substâncias químicas extraídas do vinho ou da casca da uva têm efeito antihipertensivo, antidiabético e redução de colesterol, que seria benéfico no tratamento da chamada síndrome metabólica. É tudo em um pacote só”, afirma.
 

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