PARIS (Reuters) - Os turistas podem estar achando deplorável o tempo úmido na França neste verão, mas o lado bom de todos os dias nublados na praia pode, no final, ser um ano de bom a "excepcional" para o setor vinícola francês.
Muitos especialistas em vinho dizem que somente a volta das fortes chuvas, tempestades, granizo ou pragas na última parte da temporada de maturação do fruto vai interromper o que parece ser uma colheita prestes a se beneficiar do clima atípico deste ano.
Produtores de todo o país encontraram um novo alento depois de um início fraco na temporada de maturação, o que os fez temer o pior.
A França é o maior exportador mundial de vinho, em valor. O setor emprega 120 mil pessoas e gera 18 bilhões de euros (25 bilhões de dólares) em receitas.
Durante a primavera seca deste ano, as videiras procuraram água e suas raízes penetraram fundo no solo, momento em que o crescimento das uvas é menos prioritário.
Quando veio a chuva, numa época em que os turistas ansiavam pelas praias ensolaradas, a água irrigou as videiras e colocou a safra de volta nos trilhos.
Jérôme Despey, diretor do setor de vinhos do órgão France AgriMer, da área agrícola e de pesca, disse que a colheita deve começar de 10 a 30 dias mais cedo e será superior em volume à de 2010.
Ele declarou recentemente à rádio Europe 1 que a estimativa é de uma safra de 47,6 milhões de hectolitros, ou seja, mais do que os 45,3 milhões de hectolitros de 2010.
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