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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Azeite gaúcho extra-virgem está no mercado brasileiro


Interessante a notícia que nos foi trazida pelo professor Fuad Nader, sobre o cultivo e o esmagamento de azeitonas, colhidas manualmente, que estão gerando um produto de primeira extração a frio, na cidade de Cachoeira do Sul, dando início a fase de comercialização no Brasil.
Nader lembra o grande número de oliveiras plantadas nas ruas de nossa cidade e em outros pontos do Município, onde o solo se adapta perfeitamente ao cultivo desse fruto, que poderia gerar uma produção industrial, com a fabricação de azeite virgem. A ausência de um trabalho sério voltado a esse setor, por governos que passaram pelo Município, terminou por jogar fora uma grande opção de agregação de trabalho e renda, que, hoje, está sendo incentivada em outros municípios do Estado, como acontece em Cachoeira do Sul, em que a firma "Azeites Olivas do Sul" produz um produto de excelente qualidade.


A Olivas do Sul Ltda. iniciou suas atividades, em 2006 na cidade de Cachoeira do Sul, com a implementação de um pomar de 12 hectares, com mudas importadas da Espanha. A empresa se estruturou de maneira a agir em toda cadeia produtiva da agricultura, desde o enraizamento de estacas, a comercialização de mudas de diversas variedades, a prestação de assistência técnica, a representação e importação de máquinas extratoras de azeite da Itália, a compra de azeitonas, a prestação de serviços e a produção de azeite.

A empresa cachoeirense disponibiliza mudas em recipientes de 350ml, dois litros e ainda em bag-in-box, como plantas para paisagismo, já produzindo. As mudas em recipientes de 350mil possuem um tamanho de 45 a 60 cm e as comercializadas em recipientes de dois litros vão de 60 cm a um metro e apresentam a vantagem de um sistema radicular bem mais desenvolvido facilitando o pegamento e normalmente, em razão do crescimento obtido no viveiro, apresentam maior precocidade.

Azeites Olivas do Sul representa, no Brasil, a italiana RCM Rapanelli Construzioni Macchine, uma das empresas líder mundial em equipamentos para extração de azeite, atuando no mundo a mais de 100 anos, com plantas instaladas em locais do mundo em que a oliveira é cultivada.

O diretor da Olivas Sul, José Alberto Aued salienta que as empresas comerciais de Cachoeira do Sul, que já acenaram positivamente ao primeiro azeite de oliva gaúcho, aguardam com expectativa à chegada do azeite as prateleiras. Conforme o diretor da empresa, o azeite de oliva é um dos produtos mais nobres que existe, não só pelo valor agregado, como pelos comprovados benefícios que traz à saúde. "E é o óleo da vida e, dizem alguns, até da juventude", destacou. O que mais estimula o engenheiro a apostar na azeitona, no entanto, é a situação do mercado brasileiro, que possui um imenso potencial de crescimento. Atualmente o consumo anual per capita de óleo de oliva no País, de acordo com informações, não passa de 170 milímetros, enquanto os gregos, como exemplo, consomem, anualmente, 26 litros; os italianos 25 litros por ano e, os espanhóis, 12 litros por pessoa.

O professor Fuad Nader salienta ainda o exemplo de José Alberto Auede, que pode servir de motivação para outros agricultores gaúchos que buscam diversificar na propriedade rural, vislumbrando um bom horizonte para a produção, considerando que o pomar demora um período de quatro anos para chegar ao estágio médio de desenvolvimento. Auede quer despertar à atenção do governo do Estado e dos produtores que já começam a se movimentar para fomentar o plantio de oliveiras em solo gaúcho.
"O Estado tem apenas 300 hectares voltados ao cultivo e 13 unidades industriais. Esses números são praticamente nulos em relação a produção de azeite de oliva. No Brasil, a situação é semelhante. O País importa 34 milhões de litros por ano e não produz praticamente nada, sendo essa uma atividade que pode proporcionar rendimentos de até US$ 10 mil por hectare, segundo dados do governo do Estado", sinaliza Auede.

E entende que essa notícia pode trazer incentivo, também, ao agricultor desta região, como Rio Grande e São José do Norte, onde o terreno se adapta ao plantio da oliveira, como mais uma opção de agregação de renda com futuro promissor.