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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ROLHA VIDE BULA


Os rótulos das garrafas de vinho devem passar a indicar qual o material de que são feitas as rolhas, para ajudar os consumidores que queiram a exigir rolhas de cortiça, material amigo do Ambiente, anunciou o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, ontem em São Brás de Alportel.
“Queremos que os consumidores possam identificar se o vinho tem o invólucro que desejam para poder escolher”, afirmou Rui Pedro Barreiro, apelando a que os consumidores exijam rolhas de cortiça para potenciar um “produto que é nosso”.

“Temos que proteger esta fileira essencial à economia”, afirmou o secretário de Estado, sublinhando que a cortiça é um material mais ecológico pois além de ser reciclável contribui para a fixação de carbono.

O governante falava à margem da inauguração da nova unidade de laminagem de cortiça aglomerada da Nova Cortiça, unidade que começará a funcionar em breve e que representa um investimento de 500 mil euros. Além disso, Rui Pedro Barreiro presidiu à assinatura de um contrato entre o ministério da Agricultura e a empresa para a construção de uma nova unidade de granulagem. O investimento nas duas novas unidades é superior a um milhão de euros, estando a unidade de granulação, orçada em 518 mil euros, ainda em fase de concepção, disse aos jornalistas António Correia, da administração da empresa. Cerca de 45 por cento do investimento é feito pelo Estado através de verbas provenientes de fundos comunitários (Programa de Desenvolvimento Rural do Continente - PRODER) e de uma pequena verba do orçamento geral do Estado. 




A campanha de promoção das rolhas de cortiça, em contraponto às de plástico, - “I Love Natural Cork” - está esta semana em destaque num festival sobre sustentabilidade a decorrer em Londres. O festival “A Garden Party to Make a Difference”, de 8 a 19 de Setembro, é iniciativa do programa Start, do Príncipe de Gales. A Associação Portuguesa da Cortiça, citada pelo “Diário Económico”, considera que este evento “permitirá uma boa promoção da cortiça, já que por este espaço vão passar personalidades e celebridades que se podem juntar à causa da cortiça”.

Segundo o “Diário de Notícias”, as exportações de cortiça valeram a Portugal 263 milhões de euros, de Janeiro a Abril deste ano. Este valor traduz-se num aumento de dez por cento em relação ao período homólogo de 2009, segundo dados da Síntese Estatística de Comércio Internacional, elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, Inovação e Competitividade. Em 2008, esse valor foi de 311 milhões de euros.







SOLOS E SOLOS, UM IMPORTANTE PEDAÇO DO TERROIR.

PEDRA CALCÁRIA

FONTE DO SITE CONFRARIA DOS SOMELIERES DE SÃO PAULO,DA QUAL JA FIZ PARTE MAS POR MOTIVO DE TEMPO NÃO CONSEGUI PERMANESER MAS TALVEZ AGORA COM MAIS TEMPO ESTAREI RETORNANDO SERA UM ENORME PRAZER,UM FORTE ABRAÇO A TODOS SOMMELIERES E AMIGOS DA CONFRARIA,POSTAGEM BY AMIGO DIDU RUSSO.

19 tipos mais comuns de solos
XISTO
Aluvião: Depósitos de rios, geralmente cascalheiras, areias e lodo, como a zona de Graves ou Malborough. São muito permeáveis, escoando rapidamente a água.
Ardósia: Rocha argilosa cinzenta de xistosidade evidente. Sua capacidade de reter o calor é importante para a vinha. Muitas vezes este tipo de solo confere um sabor metálico ao vinho. Como exemplo os Bernkastel do Mosel.
Areia/Areão: Partículas granulosas provenientes da erosão de rocha ou quartzo. Solos com grande porcentagem de areia são quentes e permitem um bom escoamento, porém são pobres em nutrientes e têm acidez elevada.
Argila: É a menor partícula que constitui um solo. São frios e ácidos, facilmente empapados de água, por que o escoamento é difícil, costuma ser deficiente.
Calcário: Rocha sedimentar formada por carbonato de cálcio, esbranquiçada e com pH elevado.
Cascalho: A palavra francesa Graves, significa seixos rolados. É um solo de seixos geralmente de origem aluvial, que retém o calor e escoa bem a água.
Coluvião: Detritos de rocha e de solos originados pela erosão. Eles deslizam pelas encostas e depositam-se em níveis inferiores.
Granito: Rocha de cristais visíveis a olho nu. O granito forma frequentemente grandes massas rochosas que refletem o calor do sol, como acontece nas colinas de Hermitage.
Greda branca/Cré: Variedade de calcáreo, de cor branca e pH alcalino. É particularmente adequado para o cultivo de vinhas em climas frios e chuvosos, como Champagne.
ALUVIAL
Loess: Sedimento fino, transportado pelo vento, que cobre a superfície do solo.
Margas: Composto sedimentar de argila e calcário, em alguns casos com mais argila, noutros com mais calcário.
Matéria orgânica: Húmos de organismos vivos, muitas vezes plantas mortas, folhas caidas e estrume.
Seixos: Calhaus ou cascalheiras soltas e fragmentos de rochas resultantes de erosão, que apresentam vários tamanhos e se aglomeram no sopé de um monte.
Silte: Partículas maiores que a argila e menores que a areia, o silte conserva bem a água e pode dar um solo relativamente fértil, caso do Napa Valley.
Solo ácido: Solo com baixo teor de pH, frequente nas zonas de precipitação elevada, onde as chuvas lavam o cálcio existente na rocha.
FOSSILIZADO
Solo Alcalino: Solo com elevado teor de pH, pela presença siginificativa de cálcio ou sal.
Solo Calcário: Solo alcalino e muito rico em cálcio. A greda branca (cré) é uma variedade de solo calcário. É excelente para diversas castas, notadamente as Chardonnay, como em Chablis e na Côte D’Or.
Terra Lodosa: Solo composto por uma porcentagem idêntica de partículas de argila, silte e areia, geralmente equilibrado e fértil.
Terra Rossa: Solo calcário cujo cálcio foi lavado, a coloração vermelha deve-se aos compostos de ferro desidratados. Apesar de se tratar de solo muito comum em climas mediterrâneos (invernos chuvosos e verões secos), sua formação mais conhecida encontra-se em Coonawarra na Austrália.


Como são alguns (48) solos famosos?
Médoc: Cascalho e areia, muito permeável. Nas camadas inferiores o calcário e argila juntam-se ao casacalho e a areia.
Graves e Pessac-Léognan: Ao norte mais perto de Bordeaux solo típico de casacalheira e mais ao sul cede a vez à areia, ao barro e a algum calcário.
ARGILO CALCÁRIO
Saint–Émilion, Pomerol e Fronsac: Padrão complexo de solo com afloramentos de cascalho, areia e argila, misturada com calcário. As melhores vinhas encontram-se em torno de saint–Émilion e no Pomerol/Figeac onde se encontram afloramentos abundantes de cascalho.
Sauternes/Graves /Barsac: Predominância da argila combinada com cascalho areia e cálcio. Semillon e Sauvignon Blanc
Chablis: Calcário margoso e argila.
Côtes de Nuits: Solos de argila com cascalhos de calcário.
Côte de Beaune: Semelhante a Côtes de Nuits com maiores evidências de calcário nos melhores sítios.
Côte Chalonnaise: Calcário e Argila.
Mâconnais: Há dois tipos, calcário onde estão as castas brancas e, Argila e Areia onde estão as tintas.
Beaujolais: Ao norte um subsolo granítico bom para a Gamay e mais ao sul, perto de Lyon Argila e Calcário.
Champagne: Principalmente Greda.
GIZ
Alsace: Calcário com argila e marga e camada superior de arenito.
Provence: Calcário, arenito, argila e xisto.
Lanuedoc–Roussillon: Calcário gredoso e xisto nas colinas cobertos por argila e em alguns lugares vermelho e pedregoso.
Mosel: De um modo geral diferentes tipos de ardósia. No alto Mosel encontra-se também arenito, calcário e marga vermelha.
Pfalz: Barro, arenito, calcário, granito e ardósia.
Piemonte: Marga calcária, argila, areia e cascalho.
Barolo e Barbaresco: Marga calcárea cinzento-azulada no Oeste e areia ferro e calcário a Leste.
Trentino Alto–Ádige: Calc´rio com cascalho, areia ou argila.
Veneto: Em Garda, cascalho arenoso e argila, mais a leste argila e calcário. No Piave areia e argila sobre cascalho.
Friuli: Marga ou arenito e areia com cascalho com depósitos aluviais.
Toscana: Calcário com argila arenosa e marga laminosa de nome gallestro.
Chianti: Pedra calcária com areia, argila e xisto e callestro.
Brunello: Gallestro com argila arenosa e calcário.
Sul da Itália: Calcário, com aluvial vulcânico, argila, areia e marga.
Sardenha: Granítico vulcânico, calcário, areia, cascalho e argila.
Sicília: Vulcânico com argila calcária.
Nordeste da Espanha: Bastante variados, desde o calcário avermelhado de navarra até argila calcária de Rioja e Penedés.
HARDPAN
Catalunha: Algum calceario nas regiões costeiras setentrionais, areia no Penedés e argila nas terras altas. “Licorella” tipo de ardósia e quartzo no Priorato.
Rioja: Varia entre a argila calcária amarela e argila ferruginosa.
Aragão e Navarra: Calcário castanho-avermelhado com sub-solo rochoso.
Noroeste da Espanha: Varia entre solos de depósitos aluviais a solos calcários arenosos ferruginosos.
Ribeira del Duero: Argila e aluvião próximo ao rio Duero e maior quantidade de calcário nas encostas de maior altitude.
Espanha Central: Argila arenosa com calcário.
Sul da Espanha: Jerez tem seu famoso solo calcário a albariza e Montilla-Morilez com alguns arenosos avermelhados.
Norte de Portugal: Argila pesada e rica em calcário na Bairrada dá lugar ao granito nodão e ardósia no D’Ouro.
Valo do D’Ouro: As vinhas para o vinho do Porto são plantadas apenas em solos xistosos.
CALCÁRIO
Centro e Sul de Portugal: A Estremadura apresenta solos argilosos e calcários. O Ribatejo argila, areia e solos aluviais férteis, o o Além Tejo granito calc´raio e argila vermelha.
Madeira: Solo vulcânico com seixos de basalto e veios vermelhos.
Califórnia: Grande variedade de solos de gravilha e barro bem drenados, cinza vulcânica com quartzo e barro arenoso inférteis.
Austrália: Mistura de marga arenosa, marga vermelha, várias argilas e terra vulcânica fértil. Coowarra tem uma área de terra rossa, sobre um sub-solo de pedra calcária.
Hunter Valley: Ricas margas vulcânicas vermelhas e solos aluviais perto do rio goulburn são os melhores, com sub-solos de argila pesada.
Nova Zelândia: Solos variam do glacial e aluvial e na baía de hawke, a marga e argila no norte, e ao lodo friável e gravilha a volta de Martinborough.
Marlborough: Solo varia da argila a gravilha pedregosa. Distritos com terrenos muito pedregosos são tão bem drenados que a irrigação se torna essencial.
África do Sul: As graníticas encosta das montanhas do leste favorecem a produção de vinhos tintos. Os solos a oeste mais arenosos são mais apropriados aos brancos.
Bem, amigos, como se viu, o solo é assunto complexo e que exige aprofundamento, mas certamente sua influência no resultado final é traço inegável ao aroma e paladar.
FELDSPATO
Finalizando, gostaria de ressaltar, que quanto mais se estuda o assunto vinho, mais cresce nosso respeito a quem o produz. No caso do solo não foi diferente, muito ao contrário. Imaginar o trabalho e a dedicação dessas pessoas em chegar à vinha ideal em cada tipo de solo, mostra a importância do conhecimento e o respeito que se precisa ter com os antepassados, que tanta sabedoria acumulam, muitas vezes sem saber.

CABALLO LOCO O 1° ULTRA PREMIUM DO CHILE

Caballo Loco é o grande vinho da Valdivieso e o primeiro ultrapremium chileno. Ele não traz no rótulo referências do ano e tampouco das uvas da composição. É resultado de uma “alquimia”, em virtude da inusitada mistura de vinhos de diversas cepas, safras e locais de cultivo, iniciada nos anos 90 e comandada pelo então diretor da vinícola Jorge Coderch, o “Caballo Loco”, que emprestou seu apelido ao vinho.

Na época, havia na Valdivieso várias barricas cheias de vinhos de qualidade superior estocados, das variedades Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Malbec, de safras compreendidas entre 1990 e 1993, porém em quantidades insuficientes para uma linha varietal Premium. Assim, a vinícola resolveu criar um tinto ultrapremium seco a partir da mistura desses vinhos, nascendo o Caballo Loco.
Metade do que havia nessas barricas foi utilizado e engarrafado para o Caballo Loco número 1, lançado em 1994, sendo a outra metade do vinho foi reservada e misturada com os vinhos para a elaboração do Caballo Loco número 2. Metade do número 2 foi reservado e recebeu uma nova mistura, gerando o número 3, e assim por diante, conforme explicou um dos enólogos da Valdivieso, Eugenio Ponce, entrevistado por MundoVinho na loja Ville Du Vin de Alphaville, na Grande São Paulo, em novembro de 2009.

“Por conta dessa mistura de diversos vinhos de diferentes safras, a Valdivieso optou por numerar as edições do Caballo Loco, sem especificar o ano e a proporção das cepas utlilizadas na elaboração”, conta o especialista.

A certeza é que a cada nova edição deste vinho cerca de 50% da anterior se soma ao corte de colheitas subsequentes, com o propósito de incrementar cada vez mais seu blend e, ao mesmo tempo, possibilitando que todo Caballo Loco sempre carregue em seu DNA ao menos uma pequena fração da mistura inaugural.

Com o tempo, a uva Carmenère também passou a fazer parte do corte e está presente neste Caballo Loco número 9, metade elaborado com as uvas da safra 2003 e os outros 50% provenientes da mistura do Caballo Loco número 8.
Foram produzidas 16,8 mil garrafas da nona edição, sendo cerca de 3 mil importadas ao Brasil. Por ser um vinho potente, com aromas e sabores bem marcantes, deve acompanhar pratos contendo carnes fortes, como de javali ou mesmo de cabrito, além de ir muito bem com queijos maduros. Seu potencial de guarda é de 10 anos, em condições adequadas. Recomenda-se decantar por 30 minutos antes de servir.