Em busca de novos sabores, os consumidores impulsionam a produção das cervejas especiais e artesanais
A melhora das condições econômicas e o incremento da renda têm transformado os hábitos de consumo dos brasileiros. Além de resultar na expansão das vendas de carros e eletrônicos, a prosperidade altera o mercado da bebida mais consumida no país. Em busca de novos sabores, os consumidores impulsionam a produção das cervejas especiais e artesanais, fabricadas por microcervejarias em todo o Brasil.
A estimativa da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) é que, atualmente, existem cerca de 100 pequenas indústrias concentradas nas regiões Sul e Sudeste, com capacidade de produção que pode chegar a cinco milhões de litros por ano. A diretora da Abrabe responsável pelo Núcleo das Empresas Cervejeiras (NEC), Alexsandra Machado, afirma que o segmento se encontra em expansão. A projeção é de que as pequenas marcas conquistem, nos próximos 10 anos, fatia em torno de 2% do mercado de cervejas no Brasil.
Para Alexsandra, o principal pilar de sustentação do segmento são os consumidores que buscam “satisfação sensorial”. A produção artesanal se caracteriza pelas receitas diferenciadas, criadas pelos chamados mestres-cervejeiros. A cervejaria Colorado, fundada em 1995 em Ribeirão Preto (SP), por exemplo, produz uma tipo pilsen que leva mandioca na composição. Em outro rótulo, mistura café à fórmula tradicional. O poder de compra fortalecido dos consumidores completa o cenário favorável, acredita a diretora. “Vale lembrar que a expansão desse nicho, no entanto, é proporcional às mudanças nos hábitos de consumo, algo que constitui um movimento gradual.”
“O consumidor está mais interessado e já chega procurando produtos diferentes”, revela Luiz Cláudio Carvalho, sócio da Stadt Bier, a primeira cervejaria criada em Brasília. Carvalho ressalta que, à primeira vista, um dos cinco tipos de chope produzidos chama atenção pelo aspecto visual. Ele é mais turvo do que o habitual — a coloração é resultante de um percentual mais alto de levedura em suspensão, já que a bebida não é filtrada. Carvalho garante que o produto faz sucesso. “Estamos conquistando uma aceitação importante na cidade, mesmo vendendo uma bebida que, naturalmente, é mais cara”, avalia.
Frutas na fórmula
Criada em 2004, a Stadt Bier produz em média 10 mil litros por mês, mas tem capacidade instalada para o dobro. A empresa tem 40 funcionários, envolvidos na fabricação e comercialização. Para o ano que vem, a intenção é fazer testes para envasar as bebidas, vendidas hoje somente em formato de chope. “Estamos procurando parceiros, bares que se interessem em trabalhar com nossa marca”, destaca Luiz Cláudio Carvalho, sócio da cervejaria.
Apesar da pequena participação, o aumento do número de marcas disponíveis é considerado benéfico para o setor. “As estimativas são positivas e não representam uma ameaça aos grandes grupos cervejeiros. Trata-se de um segmento importante ao atendimento de expectativas dos consumidores”, afirma Alexsandra Machado, diretora da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). “São opções que valorizam o produto. Algumas cervejarias no Nordeste, por exemplo, usam frutas como caju e cupuaçu na composição. Esses sabores, se forem bem equilibrados, enriquecem a bebida”, concorda Carvalho.
A concorrência com grandes marcas de cerveja, ao contrário do que poderia parecer, não é a principal preocupação das microcervejarias, que enfrentam maiores problemas, como a distribuição dos produtos. “Dado o pequeno volume produzido, a venda é basicamente voltada para o mercado interno”, lembra Alexsandra.
Os produtores artesanais ainda concorrem com as cervejas importadas, procuradas pelo mesmo perfil de consumidor. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o desembarque de cervejas de outros países entre janeiro e agosto somou US$ 11,819 milhões, num aumento de 58,3% sobre o mesmo período de 2009. “Hoje em dia, há importadoras grandes em São Paulo e Rio de Janeiro que trazem para o Brasil todas as principais cervejas belgas e alemãs. Está cada vez mais fácil encontrá-las”, analisa Carvalho.
A estimativa da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) é que, atualmente, existem cerca de 100 pequenas indústrias concentradas nas regiões Sul e Sudeste, com capacidade de produção que pode chegar a cinco milhões de litros por ano. A diretora da Abrabe responsável pelo Núcleo das Empresas Cervejeiras (NEC), Alexsandra Machado, afirma que o segmento se encontra em expansão. A projeção é de que as pequenas marcas conquistem, nos próximos 10 anos, fatia em torno de 2% do mercado de cervejas no Brasil.
Para Alexsandra, o principal pilar de sustentação do segmento são os consumidores que buscam “satisfação sensorial”. A produção artesanal se caracteriza pelas receitas diferenciadas, criadas pelos chamados mestres-cervejeiros. A cervejaria Colorado, fundada em 1995 em Ribeirão Preto (SP), por exemplo, produz uma tipo pilsen que leva mandioca na composição. Em outro rótulo, mistura café à fórmula tradicional. O poder de compra fortalecido dos consumidores completa o cenário favorável, acredita a diretora. “Vale lembrar que a expansão desse nicho, no entanto, é proporcional às mudanças nos hábitos de consumo, algo que constitui um movimento gradual.”
“O consumidor está mais interessado e já chega procurando produtos diferentes”, revela Luiz Cláudio Carvalho, sócio da Stadt Bier, a primeira cervejaria criada em Brasília. Carvalho ressalta que, à primeira vista, um dos cinco tipos de chope produzidos chama atenção pelo aspecto visual. Ele é mais turvo do que o habitual — a coloração é resultante de um percentual mais alto de levedura em suspensão, já que a bebida não é filtrada. Carvalho garante que o produto faz sucesso. “Estamos conquistando uma aceitação importante na cidade, mesmo vendendo uma bebida que, naturalmente, é mais cara”, avalia.
Frutas na fórmula
Criada em 2004, a Stadt Bier produz em média 10 mil litros por mês, mas tem capacidade instalada para o dobro. A empresa tem 40 funcionários, envolvidos na fabricação e comercialização. Para o ano que vem, a intenção é fazer testes para envasar as bebidas, vendidas hoje somente em formato de chope. “Estamos procurando parceiros, bares que se interessem em trabalhar com nossa marca”, destaca Luiz Cláudio Carvalho, sócio da cervejaria.
Apesar da pequena participação, o aumento do número de marcas disponíveis é considerado benéfico para o setor. “As estimativas são positivas e não representam uma ameaça aos grandes grupos cervejeiros. Trata-se de um segmento importante ao atendimento de expectativas dos consumidores”, afirma Alexsandra Machado, diretora da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). “São opções que valorizam o produto. Algumas cervejarias no Nordeste, por exemplo, usam frutas como caju e cupuaçu na composição. Esses sabores, se forem bem equilibrados, enriquecem a bebida”, concorda Carvalho.
A concorrência com grandes marcas de cerveja, ao contrário do que poderia parecer, não é a principal preocupação das microcervejarias, que enfrentam maiores problemas, como a distribuição dos produtos. “Dado o pequeno volume produzido, a venda é basicamente voltada para o mercado interno”, lembra Alexsandra.
Os produtores artesanais ainda concorrem com as cervejas importadas, procuradas pelo mesmo perfil de consumidor. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o desembarque de cervejas de outros países entre janeiro e agosto somou US$ 11,819 milhões, num aumento de 58,3% sobre o mesmo período de 2009. “Hoje em dia, há importadoras grandes em São Paulo e Rio de Janeiro que trazem para o Brasil todas as principais cervejas belgas e alemãs. Está cada vez mais fácil encontrá-las”, analisa Carvalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário