As mulheres – principais responsáveis pela compra de produtos alimentares para casa – consomem vinho de forma menos assídua do que os homens, mas estão a assumir um papel cada vez mais relevante no mercado do vinho: 40% das compras de vinhos já é realizada por mulheres.
A conclusão é do estudo “O comportamento de consumo das mulheres no mercado dos vinhos”, realizado pelo IPAM – The Marketing School, que revela que os vinhos brancos com um perfil leve e frutado e os tintos leves são os favoritos das mulheres que consomem esta bebida com uma frequência semanal.
A investigação do IPAM avaliou a relação das mulheres com o vinho, em Lisboa e no Porto, traçando, assim o perfil da mulher urbana consumidora de vinho. A vontade de perceber mais sobre vinho e a possibilidade de o consumir socialmente são fatores apontados como potenciadores do aumento das vendas junto deste target, revela o estudo.
Quanto à frequência de compra, mais de metade (56%) adquire vinho pelo menos uma vez por mês, sendo os super e hipermercados os locais preferenciais das mulheres para a aquisição de vinhos , geralmente com o pensamento que em lojas especializadas os vinhos tendem a serem mais caros, isto não é verdade, hoje todos os logistas do ramos tem que possuir em seu portfólio vinhos para o dia dia, ainda mais se tratando de Brasil, onde o vinho é tratado como qualquer outra bebida alcoólica elevando seu preço mas nos obrigando a ser competitivos com Super e Hiper Mercados.
No momento de escolha, o universo feminino procura fatores de confiança. A seleção das lojas e, sobretudo, a procura de marcas consagradas ou recomendadas por terceiros são fatores que mais influenciam as compradoras de vinho. Também o aroma, o design e roupagem das garrafas são atributos que influenciam a preferência das consumidoras, mas nunca deixe de consulta o Sommelier, pois roupagem bonita não garante qualidade, vale então o ditado lá da capa do livro, obrigado e saúde Meninas.
Após uma Sofrida introdução de Roses de má qualidade, o Brasil
enfim se delicia com roses frescos bem feitos, roses gastronomicos e com grande
variedade de produtores sérios, assim também foi com os vinhos Verdes, a 10-15
anos contávamos apenas com Casal Garcia, um introdutor do estilo em nosso país,
hoje contamos com excelência em vinhos da região que enche os olhos com seu
verde infinito, o Minho!
Orange Wine, Amarelos,
Laranja, Vin Jaune.....
Um Branco que se degustado em taça negra, pode se
confundir com tinto facilmente, Para fazer vinhos brancos, as uvas são prensadas
e os sólidos são separados do mosto, para não passar peso ao vinho (estrutura)
deixando o fresco, leve e com cor mais clara. Já os laranjas são os vinhos
brancos produzidos à moda de tintos, com maceração pelicular, ou seja estes
vinhos ficam com a casca, sementes e podem serem macerados assim por dias,
adquirindo peso cor alaranjada, textura gorda e até mesmo taninos.
Muitos destes exemplares resgatam a mais antiga formula
de o faze-los a mais de 5 mil anos, fermentados em ânforas de terracota (Barro)
e muitos enterrados em solo para pós oxidação e riqueza de complexibilidade. Recentemente
resgatados pelos italianos e pelos
eslovenos e hoje vem sendo feitos alguns exemplares intrigantes pelo mundo todo
inclusive no Brasil.
Modismo ou não, os vinhos oferecem uma riqueza de
virtudes.
Vinhos Laranjas são, na maior parte vinhos Naturais, com
menor intervenção possível do homem, são muito complexos e alguns melhoram
muito com decantação, ou ainda bebe-los um dia depois de abertos.
Gravner a tradição em ânfora.
Talvez a pessoa mais responsável pela reintrodução de
vinhos laranja seja friulano Josko Gravner, que, uma vez produtor de vinhos
brancos fáceis de beber, se desiludiu com as práticas tecnológicas que grassam
em vinificação moderna.
No final dos anos 90, Gravner investiu em um qvevri, um
vaso de barro tradicional georgiano. Ele enterrou-o e emulou técnicas antigas,
fermentando e macerando vinhos brancos com pele. Os resultados foram temperados
com mel e sabores de frutas secas.
Em menos de uma década, os vinhos do Gravner se tornaram onipresentes
em restaurantes e Wine Bares.
Perspectiva de um Sommelier
"Quanto mais você os tratar como um Barolo, melhor
estes vinhos são", Para maximizar os seus encantos, o melhor é servir
estes vinhos a temperatura de 15 º graus, de preferência após decantação, para
permitir que seus aromas e estrutura abram.
O Laranja Brasileiro
Uva Peverella
A Peverella foi a primeira variedade branca vitis
vinífera a desembarcar no Brasil junto com os imigrantes italianos, no
final do século XIX. Foi a primeira vinífera a ser introduzida no Rio Grande do
Sul, no início do século XX, por João Dreher Filho. Sua difusão na Serra Gaúcha
ocorreu a partir da década de 20, estimulada principalmente pela empresa
Dreher. Nos anos 40, era a principal variedade vinífera branca cultivada no
Estado, mantendo-se em posição de destaque nesse grupo até meados dos anos 70,
onde foi praticamente extinta com a chegada ao Brasil de outras variedades
viníferas impulsionadas pela força do marketing dos vinhos do Novo Mundo.
A Era dos Ventos
Tudo começou com a iniciativa do enólogo Álvaro Escher em
resgatar uma variedade esquecida, a Peverella, ideia que segue em frente com
uma parceria do produtor com Luís Henrique Zanini e Pedro Hermeto. O nome vem
de “pevero”, dialeto vêneto para “pimenta”.
Hoje, a cepa está praticamente extinta na própria
Itália, e no Brasil restam poucos vinhedos, de 50 até mais de 70 anos,
concentrados na região de Bento Gonçalves. É dessas vinhas velhas, uma
autêntica produção de garagem, que renasceu a Peverella. "Era dos
Ventos" passa a contar com a
contribuição de Pedro Hermeto, do restaurante Aprazível (RJ) para a promoção e
venda dos vinhos, diga-se de passagem, de pequeníssima produção (entre 500 e
800 garrafas, em média).
Era dos Ventos Peverella
2010
Bento Gonçalves, Brasi
Este vinho é uma verdadeira raidade. Feito de uma uva
extinto no pais de orígem, a Italia, a Peverella agora apenas se destaca no Sul
do Brasil. Dificil de produzir e ainda mais dificil de encontrar, pois foram
feitos apenas 800 garrafas deste vinho e ja se destaca nas cartas dos
restaurantes Aprazível e Viera Souto, da famosa chefe de cozinha carioca a
Roberta Sudbrack.
Um toque tipicamente picante ao paladar faz jus ao nome
desta uva, pois Peverella significa “pimenta". De cor dourada
encantadora, é fruto de uma elaboração com mínima intervenção e longo tempo de
maceração da uva com a casca, sem conservantes ou leveduras enológicas, e sem
filtragem. Talvez a melhor expressão desta uva que existe hoje. Pura Peverella!
Com um pouco mais de tempo, vai revelando aromas
cítricos, toques minerais e florais e, claro, a típica pimenta. Rico,
amarelado, untuoso, uma verdadeira experiência única.
Gradação alcoólica: 11,5%
By, Sonoma.
DEPOIMENTOS
"Isso é vinho de verdade, vinho de
terroir, não parece com nada que eu tenha provado da América do Sul."
Jean Marc Roulot, da renomada vinícola Guy Roulot da Borgonha